Participação do governo da Espanha na Telefónica sobe para 6%
A Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), um fundo de investimento estratégico do governo da Espanha, elevou a sua participação no capital social da Telefónica para 6%. A operação foi informada, nesta sexta-feira, 26, à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) – órgão espanhol com funções semelhantes à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
O governo tem aumentado a sua participação na Telefónica, multinacional espanhola proprietária da marca Vivo no Brasil, aos poucos. O objetivo, definido no fim do ano passado em deliberação do Conselho de Ministros, é alcançar 10% do capital.
Em nota divulgado ao mercado, a SEPI, mais uma vez, destacou que o investimento tem “vocação de permanência” e que o aporte visa a proporcionar “maior estabilidade acionária” à operadora.
A Telefónica, uma antiga estatal, é vista como uma empresa estratégica pelo Estado espanhol, que diz que as atividades da tele “afetam os interesses essenciais da defesa e da segurança nacional”.
Na prática, o governo planeja deter até 10% do capital social da companhia para superar a participação do Grupo STC, operadora saudita que, no ano passado, se tornou a maior acionista da empresa espanhola, alcançando 9,9% das ações.
Sob as ordens do governo espanhol, a SEPI vem adquirindo participação na Telefónica desde março, quando comprou 3% das ações. Há cerca de dez dias, tinha elevado a sua fatia para 5% do capital social. Organizações espanholas, como a CriteriaCaixa, também têm investido na operadora.
Alemanha
Nesta semana, a Telefónica anunciou que passou a deter 96,85% das ações de sua subsidiária na Alemanha, por meio de uma oferta pública de exclusão de negociação. O procedimento envolveu todas as ações nominativas sem valor nominal da Telefónica Alemanha que não são propriedades diretas da ofertante.
No início do ano, a matriz elevou a participação na subsidiária alemã de 71,81% para 93,1%. O plano anunciado em 2023 prevê alcançar o controle total da unidade.
Em linhas gerais, a Telefónica justificou a operação dizendo que planeja direcionar esforços para os seus principais mercados, que são Espanha, Brasil, Alemanha e Reino Unido.