Parceria entre Vivo e Phoenix Tower abrange cidades de quatro estados
Na conferência de resultados da Telefônica Brasil, o CEO da companhia, Christian Gebara mencionou algumas vezes o sucesso de parcerias em compartilhamento de redes ópticas de acesso (FTTH). Ressaltou a importância de uma iniciativa firmada com a American Tower para passar fibra diante de 800 mil domicílios no estado de Minas Gerais. E mencionou ainda uma parceria semelhante com a Phoenix Tower, empresa do mercado de infraestrutura passiva móvel.
A informação gerou curiosidade sobre o tamanho do acordo e a extensão do foco da Phoenix no segmento de infraestrutura de rede fixa. Como “torreira”, a empresa tem 2,3 mil sites móveis (entre torres e small cells).
O Tele.Síntese apurou que o acordo entre Vivo e Phoenix Tower foi firmado em março de 2019. O projeto prevê a construção de homes passed que serão abordados pela Vivo em um primeiro momento, podendo fazer parte de oferta neutra da torreira no futuro.
Procurada, a Vivo informou que, até o momento, 11 cidades, em quatro estados, contam com a infraestrutura resultante da parceria: Varginha e Três Pontas (Minhas Gerais), Caldas Novas, Catalão, Itumbiara e Morrinhos (GO), Santa Rosa, Santo Angelo e Três de Maio (RS), Aracruz e São Mates, no Espirito Santo.
Ao todo, a Phoenix já espalhou fibra diante de 170 mil domicílios nestes locais, com 1,6 mil km de fibra passada. Apenas em Varginha são 30 mil HPs. Ali a parceria em fibra começou, como piloto. Em Três Pontas são mais 4 mil HPs. No Espírito Santo, são 31,5 mil HPs. Em Goiás, 64,4 mil HPs. E no Rio Grande do Sul, 39 mil.
O projeto de fibra da Phoenix começou em 2018, com a criação da empresa Phoenix Fiber. À época, o projeto previa levar a rede de acesso óptico a 50 cidades, totalizando 500 mil HPs e 5 mil km de fibra instalada. O investimento é todo feito pela empresa, mas há possibilidade de negociar aportes conjuntos. Não está claro qual modelagem foi escolhida pela Vivo.
No último dia 22 de outubro, Luciene Pandolfo, vice-presidente executiva da Phoenix apresentou a proposta do grupo para o compartilhamento de fibra em um workshop realizado pela Anatel. Ali, ela destacou que o processo de implantação anda mais devagar que o esperado por conta das dificuldades em obter acesso a postes, negociar preços de aluguel destes postes dentro do valor de referência indicado por Anatel e Aneel, além de enfrentar demora por parte das distribuidoras de energia em aprovar os projetos de cabeamento.