Rio de Janeiro terá nova bolsa de valores
A cidade do Rio de Janeiro terá uma nova bolsa de valores. Criada por meio de projeto de lei de iniciativa da prefeitura da cidade, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) foi formalmente lançada nesta terça-feira, 3 de julho.
Na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ), sancionou a lei municipal, aprovada pela Câmara da cidade no dia 27 de junho, que incentiva a instalação da bolsa de valores.
Com a nova regra, cai dos atuais 5% para 2% o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) que incide sobre as atividades a serem desempenhadas por uma bolsa de valores, mercadorias e futuros, bem como sobre as atividades exercidas por sociedades que atuam na negociação, liquidação e custódia de ativos financeiros no município.
“A gente tem um monte de coisas interessantes acontecendo no setor privado do Rio, mas a gente não consegue levantar essa turma. A volta da bolsa de valores é a ponta do iceberg. É o esforço do governador, prefeito, atores políticos. O setor privado percebeu que tem uma concorrência a ser feita com São Paulo. Começamos a criar um ambiente econômico, um conjunto de atrativos, de novos mercados que surgirão”, afirmou o prefeito Eduardo Paes durante a cerimônia.
A nova bolsa será operada pelo Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia detentora de plataforma de negociação eletrônica no mercado, que também atua na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
“O Rio voltará a ser um grande centro de negócios, atraindo investidores, e isso tem uma relevância enorme. Nós esperamos que este seja o marco inicial do renascimento do mercado financeiro no Rio de Janeiro”, disse o CEO do ATG, Claudio Pracownik.
A cidade do Rio de Janeiro já foi sede de uma bolsa de valores entre 1820 e 2002. cidade foi sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de 1820 até 2002. Nesse ano, ela foi descontinuada e incorporada à então Bovespa, atualmente a B3, de São Paulo.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP), compilados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), o setor financeiro carioca foi o quarto maior pagador de impostos (ISS) da cidade no triênio 2021-2023, com o valor de R$ 1,5 bilhão. O montante representou 9,1% da arrecadação municipal do município. (Com informações da Prefeitura do Rio de Janeiro)