Para reverter prejuízo, Brazil Tower planeja ampliar parque de torres

Companhia de torres acumula prejuízo líquido de R$ 56,6 milhões de janeiro a setembro deste ano; torreira indica que construção de infraestruturas, em atendimento às teles, deve contribuir para viabilidade do negócio
Brazil Tower planeja construir mais torres para reverter prejuízos
Construção de mais torres de serviço móvel está nos planos da Brazil Tower (crédito: Freepik)

A empresa de infraestrutura de torres Brazil Tower Company (BTC) registrou prejuízo líquido de R$ 11,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, conforme balanço divulgado nesta semana. O resultado negativo representa uma perda 60% maior do que a registrada no mesmo período de 2022, quando apurou prejuízo de R$ 7,1 milhões.

De janeiro a setembro, a torreira amarga um prejuízo líquido de R$ 56,6 milhões, ante lucro de R$ 3,6 milhões observado no mesmo intervalo do ano passado.

No terceiro trimestre, a companhia obteve receitas de R$ 30,4 milhões, alta de 23% frente ao período de julho a setembro de 2022. O resultado antes das despesas financeiras líquidas e dos impostos somou R$ 18 milhões, avançando 27,6% na comparação anual.

O que comprometeu os números da companhia no trimestre foram as despesas financeiras, que totalizaram R$ 36,3 milhões.

Planos

No informe financeiro, a empresa relata que, na soma dos três primeiros trimestres de 2023, registrou capital circulante negativo de R$ 48,4 milhões e fluxo de caixa líquido proveniente das atividades operacionais negativo em R$ 102 milhões, além do prejuízo líquido de R$ 56,6 milhões.

“A Administração reconhece a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia em cumprir com as suas obrigações financeiras e de capital de giro à medida que vencem”, diz a empresa, em trecho do balanço financeiro.

“No entanto, a Administração monitoria tempestivamente a necessidade de capital de giro, tomando as ações necessárias quando a relação entres esses saldos apresentar passivo maior que o ativo, bem como seus acionistas se comprometem a aportar capital caso haja necessidade de caixa”, complementa.

De forma prática, a empresa indica que, para reverter o quadro negativo e retomar a viabilidade do negócio, planeja construir infraestruturas para aumento da área de cobertura móvel em atendimento às obrigações regulatórias das operadoras de celular. Também pretende estender a utilização das infraestruturas existentes para outras operadoras, ampliando, assim, a base de clientes.

Além disso, a BTC salienta que, como emitiu debêntures no montante de R$ 500 milhões, terá “recursos suficientes para continuar operando no futuro previsível”. Adicionalmente, ressalta que, no curto prazo, pode fazer captação de novos investimentos nacionais em equity e fazer aportes por meio de aumento de capital ou venda de ativos.

Com sede em Nova Lima (MG), a Brazil Tower atua no mercado de torres de telecomunicações desde 2011 e, atualmente, está presente em mais de 500 municípios espalhados por todas as regiões do País.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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