Para Dell, inovação é tão importante quanto regulação de IA
Diante dos avanços nos processos de regulação da Inteligência Artificial (IA) pelo mundo, a Dell defende que as eventuais legislações, inclusive a brasileira, busquem um equilíbrio entre proteção e inovação. A avaliação foi expressada por Diego Puerta, presidente da Dell Brasil, em encontro com jornalistas, em São Paulo, nesta quarta-feira, 31.
“Acreditamos que regulações são importantes, mas desenvolvimento também é”, frisou. “Então, tem que haver um balanço”, ressaltou o executivo, em evento no qual apresentou a estratégia da empresa para se posicionar como provedora de soluções de processamento de dados para aplicações de IA generativa nos negócios.
De todo modo, Puerta destacou que a tecnologia é neutra, podendo ser usada para o bem e para o mal. No entanto, afirmou que “parar o desenvolvimento não é necessariamente uma opção na qual acreditamos”, indicando que a empresa não deve apoiar movimentos que pedem uma pausa no treinamento de modelos generativos.
Especificamente sobre a eventual regulação brasileira, cuja principal proposta reside no Projeto de Lei (PL) 2338/2023, em trâmite no Senado, o executivo se limitou a dizer que a empresa acompanha os debates por meio da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e que está “100% aderente” com a entidade.
“Acreditamos no desenvolvimento, bom senso e regulações que mitiguem os possíveis riscos, mas qualquer tecnologia pode ser uma oportunidade ou uma arma”, ponderou Puerta.
“Esperamos que a regulação venha para prevenir que o mau jogador participe do ecossistema”, complementou Ana Oliveira, diretora do Centro de Pesquisas da Dell, também presente no encontro com a imprensa.
Adequações
No evento, Puerta afirmou que “preocupação com dados do cliente é uma paranoia na Dell há muito tempo, antes de qualquer legislação”. Sendo assim, a empresa não teve dificuldades para se ajustar às “mais exigentes legislações” no âmbito da proteção de dados.
Ele espera que o mesmo ocorra no que diz respeito às leis de IA. “Sempre tivemos o parâmetro mais alto, optamos por ter isso como prioridade. Então, não vejo problema ou preocupação para adaptar os nossos negócios”, pontuou.