Para a Connectoway, adaptação à LGPD gerou mudança completa, até mesmo cultural

Foi o que contou Thyago Monteiro, gerente técnico de engenharia da empresa, nesta sexta, 18, durante a Live Tele.Síntese. Participaram também Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito digital; Mariana Rielli, coordenadora geral de projetos da Data Privacy Brasil; e Miriam Wimmer, diretora da ANPD
Thyago de Amorim Monteiro – Gerente Técnico de Engenharia da Connectoway-Live-TS-18-06

A LGPD tem causado uma mudança completa na Connectoway,  mudança até mesmo cultural. Foi o que contou Thyago Monteiro, gerente técnico de engenharia da empresa, nesta sexta, 18, durante o evento virtual “LGPD e ANPD – Regulação Necessária”. Participaram também Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito digital; Mariana Rielli, coordenadora geral de projetos da Data Privacy Brasil; e Miriam Wimmer, diretora da ANPD.

“Essa jornada de entrar na LGPD e se adaptar tem sido um grande desafio. Desde o credenciamento de nossos clientes até  o processo de TI interno. Mudou todo o nosso dia a dia. Movimentamos os times contábil, financeiro, de TI, a diretoria, para termos todo nível de informação”, disse Monteiro.

O gerente da Connectoway foi adiante no relato sobre a adaptação da empresa à nova regulação. “Temos 20 anos focados em tecnologia, e de repente nos vemos em uma situação de se adaptar a uma lei, o que criou uma jornada de esforço e investimento. Enquanto o mundo parava por conta da pandemia, nosso mercado ficou aquecido, com demanda extra de trabalho. E agora estamos dispostos a ajudar nossos clientes a se adaptar a esse novo modelo, com várias inserções de itens de segurança”, disse. “O jurídico também se envolveu bastante. Acreditamos que nosso modelo passe a ser adotado pelo mercado.”

ISP

Quanto ao ISP, Monteiro acredita que a adaptação também precisa  ser em vários sentidos, “desde a área técnica até no reconhecimento explícito dos dados de cada assinante”.

“Imagina um provedor com 200 mil assinantes que precisa visitar cada assinante para conseguir recolher assinatura de adequação à lei, para o cliente ficar ciente de que aqueles dados serão utilizados, para que em algum momento o ISP possa fazer uma consulta financeira. Há toda uma jornada que não é simples, mas achamos caminhos para atendê-la”, apontou Monteiro.

Cálculo difícil

O executivo disse que é difícil calcular o custo dessa adaptação. “No nosso caso, tivemos que fazer investimento em várias áreas, na inserção de softwares, por exemplo, além da reformulação da política comercial. É muito difícil dizer qual é o custo por assinante porque eu posso ter 700 clientes e o ISP 200 mil. Imagina se todo usuário quiser sair da operadora A, ir para a operadora B e levar os dados. Precisaríamos ter ainda outro investimento”, calculou.

Para ele, o importante é primeiro avaliar o desenho da adaptação, para depois se pensar nos custos.

 

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José Norberto Flesch

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