Pandemia de Covid-19 derruba resultados da Nokia no 2º tri

Fabricante estima que pandemia teve impacto negativo de € 300 milhões sobre as receitas. Também enfrenta retração na China, onde a competição está acirrada e a rentabilidade dos contratos não é certa, explicou.

A pandemia de Covid-19 levou ao isolamento social e a mudanças nos planos de investimento das empresas em redes de telecomunicação. A consequência se vê nos resultados apresentados hoje, 31, pela fabricante Nokia. A empresa finlandesa registrou queda nas receitas em função do desaquecimento do setor em todo o mundo, especialmente na China. Ainda assim, conseguiu reverter o prejuízo do segundo trimestre de 2019 em lucro no mesmo período deste ano.

As receitas da Nokia fora de € 5 bilhões, 11% inferiores que as registradas no segundo trimestre de 2019. A empresa vendeu menos em todos os segmentos que atua – redes (seu principal negócio), software, licenciamento e novos negócios. O lucro líquido do período foi de € 85 milhões, ante prejuízo de € 191 milhões nos mesmos meses do ano passado.

Segundo a empresa, o ônus da Covid-19 sobre a empresa chegou a € 300 milhões. O número inclui retração nas vendas, um pouco compensadas por economias com viagens, alívios tributários, diminuição de estoques.

A empresa diz que tem caixa para suportar a pressão – são € 7,5 bi em reserva. Mas que incertezas prosseguem enquanto o cenário de pandemia permanecer no radar. A companhia diz, no entanto, que não parou de aperfeiçoar suas tecnologias, e prosseguiu desenvolvendo seus equipamentos para redes 5G.

A Nokia também explica que está mais cautelosa quanto ao competitivo mercado chinês, onde também teve retração importante e os negócios não têm se mostrado lucrativos.  A companhia apresentou retração de vendas de 41% ali. Na América Latina, houve queda na mesma proporção, com impacto da variação cambial.

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Rafael Bucco

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