Mercado de TI deve crescer mais no Brasil do que na América Latina e no mundo em 2023, diz IDC

Infraestrutura como Serviço (IaaS) e nuvem híbrida devem liderar os investimentos latino-americanos, segundo a consultoria
TI deve crescer mais no Brasil do que na América Latina e no mundo
IDC estima que TI avance mais no Brasil do que nos demais países da América Latina neste ano (crédito: Freepik)

O mercado de Tecnologia da Informação (TI) deve crescer 7,6% no Brasil neste ano, de acordo com projeção divulgada pela IDC nesta quinta-feira, 23. A estimativa para o País supera as taxas previstas para a América Latina (5,7%) e o mundo (5,3%).

A projeção de crescimento para o mercado brasileiro também é a mais acentuada entre os países pesquisados, suplantando as expansões esperadas para Colômbia (7,2%), México (6,2%), Chile (5,8%), Equador (5,8%) e Peru (3%) – a perspectiva para a Argentina é negativa (-0,5%).

Além disso, a estimativa de crescimento dos serviços de TI no Brasil foi revisada para cima, uma vez que, no início do mês, a consultoria projetava alta de 6,2%. De todo modo, a IDC destacou que, em caso de recessão global, o mercado doméstico deve crescer 4,1%, taxa ainda maior do que a dos demais países latino-americanos no mesmo cenário.

“Praticamente todos os países do Cone Sul têm uma relação econômica importante com o mercado norte-americano. No entanto, qualquer impacto inibidor de crescimento no setor de TI será mais associado a questões domésticas”, afirmou Alejandro Floreán, vice-presidente de Consultoria e Estratégia da IDC América Latina (Latam).

Segundo a consultoria, 23% das companhias latino-americanas indicam que vão acelerar os investimentos em tecnologia neste ano, enquanto 15% planejam reduzir os desembolsos no setor. Outros 33,5% pretendem destinar orçamento similar ao do ano passado, ao passo que 28% devem manter os projetos em curso, mas não necessariamente garantem os mesmos repasses.

A IDC também aponta que soluções do tipo infraestrutura como Serviço (IaaS) devem ser os grandes destaques do ano, crescendo quase 40% na América Latina. Ao mesmo tempo, investimentos em nuvem híbrida devem seguir em trajetória de crescimento. A expectativa é de que as nuvens pública e privada fiquem estáveis.

Na avaliação de Floreán, as empresas estão em “fase de otimização de mercado”. “Isso é um reflexo de como os negócios estão aprendendo a consumidor, principalmente serviços em nuvem, até porque projetos híbridos serão os mais resilientes diante da incerteza econômica”, pontuou o executivo da IDC.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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