Pais do Plano Real vão de Lula

Os economistas Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida divulgaram nota em apoio a Lula no segundo turno, em defesa da democracia.
Pedro Malan, um dos Pais do Plano Real votará em Lula. Crédito-
Crédito- Solange Macedo

Os pais do plano Real, os economistas Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida divulgaram nota nesta quinta-feira, 6,  declarando voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. “Votaremos em Lula no 2o turno; nossa expectativa é de condução responsável da economia”, diz a nota, que não traz detalhes sobre os motivos que levaram à decisão.

Bacha, Malan e Persio, conhecidos como os pais do Plano Real,  foram responsáveis pela formulação e implementação do Plano Real. Armínio foi presidente do Banco Central entre 1999 e 2003, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Ontem, o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, havia declarado seu voto em Lula no segundo turno das eleições presidenciais, deixando assim de votar nulo, como havia dito anteriormente. Conforme o executivo, que é sócio da Gávea Investimentos, a diferença de seis milhões de votos obtida no primeiro turno por Lula em relação ao atual presidente, Jair Bolsonaro, não o deixa tranquilo para manter a sua opção inicial.

“Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando na oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram”, declarou Armínio Fraga. Ainda no primeiro turno, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles já havia declarado seu voto para Luis Inácio Lula da Silva.

Goldman

Já o Goldman Sachs, um dos gigantes de Wall Street, vê o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito para vencer as eleições no Brasil.  No entanto, há uma expectativa de que o petista se mova mais ao centro e detalhe suas propostas sob a ótica econômica e, em especial, sobre a questão fiscal, de acordo com o diretor de Pesquisa Macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

“O Lula fez uma campanha muito do tipo ‘acredite em mim, você me conhece e eu não preciso dizer o que vou fazer’. Basicamente, a gente não sabe quem vai ser o próximo ministro da Fazenda. A gente sabe que o PT e o Lula não gostam do teto de gastos, mas ninguém se deu ao trabalho de formular o que seria o substituto”, diz o economista, em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Redação DMI

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