Padtec e BNDES criam linha garantida de financiamento para ISPs

ISPs com faturamento de até R$ 300 milhões no ano podem recorrer à nova linha de Padtec e BNDES

A Padtec e o BNDES fecharam uma parceria para financiar provedores de internet (ISPs) de pequeno e médio porte no Brasil. Pelo acordo, o interessado em adquirir equipamentos da fabricante pode recorrer a financiamento do banco de fomento parcelado em até 48 vezes, com juros de 7% ao anos mais a TR.

Argemiro Sousa, diretor de negócios da Padtec, anunciou o acordo no Inovatic Sudeste, realizado hoje, 7, pelo Tele.Síntese. “O setor de telecomunicações exige muito investimento. O desafio não é só ampliar os usuários em banda larga, mas fazer o investimento ser contínuo. E com 13% de juros ao ano, é muito difícil”, observou.

A saída, contou, foi procurar o banco para propor o modelo de financiamento. “A garantia é um desafio para os ISPs que buscam financiamento. Por isso a linha já vem garantida. Os próprios equipamentos são considerados a garantia”, observou.

Pelas regras da linha, só empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões podem recorrer ao empréstimo. Sousa lembrou que pesou em favor da Padtec para firmar o acordo com o BNDES o fato de ser produtora de tecnologia no Brasil, e não importadora.

“A gente, por investir em tecnologia no Brasil, nossos clientes já podem fazer uso de linhas do BNDES e da Finep. E agora fechamos mais essa parceria e abrimos uma linha de crédito mais simples”, resumiu.

Amazônia conectada

Sousa lembrou que a Padtec participou de dois projetos de cabeamento óptico na Amazônia, cruzando os leitos dos rios e destacou que o investimento é necessário para fechar as lacunas de conectividade das áreas mais remotas do Brasil.

Presente no mesmo painel, Eduardo Grizendi, Diretor de Engenharia e Operações da RNP, comentou os desafios de conectar a Amazônia. A RNP é coordenadora da construção da Infovia 00, que está pronta para entrar em operação.

Ele defendeu o uso e a perenidade da conectividade óptica na região, em detrimento da tecnologia satelital. E comentou o status atual do projeto. “Falta apenas a assinatura do contrato de criação do operador neutro do cabo, que será um grupo formado por Vivo e outros cinco provedores locais. A assinatura deve acontecer nos próximos dias”, afirmou.

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Rafael Bucco

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