Os planos da Mega para crescer no Centro-Sul brasileiro
A Mega (antiga Megatelecom) traçou uma estratégia focada na expansão no Centro-Sul brasileiro para os próximos anos. A operadora de atacado e B2B recebeu o aval definitivo da Anatel para comprar a Internexa neste mês, mas seu CEO, Carlos Eduardo Sedeh, avisa que a busca por aquisições não vai parar aí. Além disso, a empresa vê nas redes neutras oportunidade para atender o setor corporativo e aposta no segmento de serviços de nuvem e TI.
“Estamos em negociações para adquirir outras empresas, e em breve teremos anúncios positivos. Estamos focados em crescer no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul”, diz o executivo. Ele não revela que outra empresa vai comprar este ano, pois as conversas estão adiantadas, mas ainda em andamento.
Segundo ele, a busca é por ativos e serviços complementares. “Outras empresas de telecomunicações buscam aumentar carteira, clientes. Nós olhamos a qualidade do negócio e da infraestrutura, como ele complementa nossa estratégia”, afirmou ao Tele.Síntese.
A Mega não atende no varejo. Tem entre clientes outras operadoras e provedores de internet, além de competir no mercado B2B com ofertas de telecomunicações e TI.
A compra da Internexa, diz Sedeh, contribuiu tanto para a expansão da rede de longo alcance de fibra ligando grandes data centers do país, como para facilitar a oferta de serviços de nuvem.
Sedeh diz ainda que a Mega está em testes com as operadoras de rede neutra American Tower, em Belo Horizonte, I-Systems e V.tal para expandir a atuação no B2B sem precisar investir tanto em infraestrutura própria. “O negócio com a American Tower está mais avançado. Com a I-Systems e a V.tal, estamos ainda na fase de testes”, revelou o executivo. A ideia é usar o backbone próprio nacional, e usa a rede neutra para o acesso local.
Sedeh participou nesta terça-feira, 12, do evento Capacity Latam 2024, em São Paulo. Ali, contou que vê como tendência a aproximação do conteúdo por meio de investimentos mais baixos em data centers de pequeno porte. “Estamos com sete data centers próprios em seis cidades e apostamos na construção em breve do que chamamos de micro data centers, para atender demandas localizadas por dados”, contou. A empresa tem data centers em Ribeirão Preto (2), São José do Rio Preto, Goiânia, Brasília, São Paulo, é Rio de Janeiro.