Operadoras vão faturar US$ 1,8 trilhão com IoT, daqui a 10 anos

Estimativa aparece em estudo que calcula o tamanho do mercado mundial da IoT (internet das coisas) para as operadoras.

cidade-inteligente-smartcities-internet-das-coisas-iotA internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), vai crescer muito nos próximos dez anos. Uma pesquisa feita pela Machina Research, a pedido da associação mundial das operadoras móveis (GSMA) estima que o segmento vai representar nada menos que US$ 1,8 trilhão da receita das teles, em 2026.

O grande responsável por esse rio de dinheiro fluir para o caixa das empresas será o modelo LPWA (apoiado pela GSMA). O LPWA estabelece o uso de redes móveis para conectar dispositivos que contenham sensores com baterias de longa duração, em grandes áreas.

Por enquanto, porém, as redes LPWA em espectro licenciado ainda são poucas no mundo. São 12 operadoras investindo no modelo, com 15 serviços de IoT móvel em comercialização. Nenhuma no Brasil. Já há, no país o modelo adotado pela Sigfox, e que está sendo lançado pela WND. Também LPWA, usa espectro não licenciado para conectar os objetos.

A lista mostra que, dentro do LPWA, há ainda a disputa pelo padrão ideal de atendimento. AT&T e Telstra adotaram a tecnologia LTE-M. Já China Mobile, China Telecom, China Unicom, Deutsche Telekom, M1, Turkcell e Vodafone escolheram o padrão NB-IoT. A Verizon usa ambos, em serviços distintos.

Oportunidades

Segundo o CTO da GSMA, Alex Sinclair, a IoT via rede celular, em espectro licenciado, engrenou e já é vista por praticamente todos os players como uma grande oportunidade. “Já há muitas operadoras colhendo os benefícios deinvestir nisso, e nós encorajamos outras a agir o quanto antes para capitalizar esta oportunidade”, afirma.

A demanda, aponta o estudo da Machina Research, virá principalmente das soluções para casas conectadas (US$ 441 bilhões em 2026), de eletrônicos (US$ 376 bilhões) e de carros conectados (US$ 273). Outros segmentos de grande potencial podem surgir, como o de energia, que poderá movimentar US$ 128 bilhões.

O material joga água, no entanto, na fervura das cidades digitais. Esse segmento, visto por fabricantes e operadoras até pouco tempo como grande oportunidade, deve ter um crescimento muito menor que os demais. A previsão é que movimente US$ 76 bilhões em 2026. Quase seis vezes menos que o segmento de casas conectadas.

Ainda assim, a expectativa da GSMA é de que as conexões móveis de internet das coisas serão a maioria, perto de 60%, daqui a dez anos.

Os padrões LPWA concorrem diretamente com tecnologias que usam espectro não licenciado. O mais famoso deles é o LoRa.

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Da Redação

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