Operadoras emitiram 128 mi de toneladas de CO2 por ano, diz pesquisa
Um estudo com 19 operadoras no mundo mostra que juntas elas emitiram 128 milhões de toneladas de carbono por ano. Nesse contexto, as empresas de telecom têm uma meta de reduzir em mais de 50% as suas emissões, conforme o estudo The next level of emission Reductions in Telecom Operators. A consultoria Oliver Wyman realizou a pesquisa em 2019, portanto, antes da pandemia.
Com uma receita de € 717 bilhões anualmente, as provedores de telecom emitiram 180 toneladas de CO2 a cada milhão de euro faturado. Cerca de um sétimo das emissão provém do downstream de serviços de telecomunicações, em especial, de eletricidade para operar equipamentos de telecomunicações.
Os operadores já iniciaram um movimento para buscar fontes que não deixam pegada de carbono, como a solar. O setor utiliza 11% a mais de energia renovável do que a média de outros mercados locais. Para a consultoria, a tendência é que a busca por fontes de energia renováveis aumente por conta dos Power Purchase Agreement (PPAs), contratos de compra de energia renovável.
A pesquisa constatou que, apesar da regulação ser citada como uma fonte de custos extras, esses valores tiveram pouco impacto financeiro nas companhias. No geral, os custos operacionais e as melhorias quase se equilibram. O saldo positivo resulta de uma maior aceitação de produtos e serviços das operadoras de telecomunicações e as oportunidades superam os custos em 1,8% da receita.
A maior oportunidade para os provedores de telecom em energia renovável seria a área de downstream, em que obteriam saldo positivo na receita de 2% a 3%. Oliver Wyman sugere que as operadoras peçam a seus clientes que ajudem a financiar projetos específicos de descarbonização, oferecendo um roteiro que usa IoT e automação.
O mercado de energia renovável está crescendo rápido, cerca de 200% ao ano. A chegada de tecnologias como IoT e 5G devem acelerar ainda mais esse processo.