Operações da AT&T na América Latina registram prejuízo operacional

A Vrio, unidade da companhia que detém o controle da brasileira Sky e outros ativos da Directv na América Latina, teve prejuízo operacional de US$ 48 milhões no terceiro trimestre.

A pandemia de Covid-19 e a desvalorização de moedas locais fez com que as receitas na América Latina do conglomerado de telecomunicações AT&T encolhessem no terceiro trimestre do ano. A empresa registrou, na região, vendas equivalentes a US$ 1,4 bilhão, baixa de 19,3% em relação ao mesmo período de 2019. O EBITDA local ficou em US$ 59 milhões, 44% menor que um ano antes.

“As receitas na América Latina continuam a ser desafiadas pela conversão cambial, pela desaceleração econômica dos países e pela Covid. Apesar disso, o EBITDA no México melhorou na comparação anual, e a Vrio está gerando EBITDA e caixa, considerando uma base de câmbio constante”, disse John Stephens, CFO da AT&T, hoje, 22, em conferência dos resultados com analistas.

O prejuízo operacional dos negócios do grupo na região totalizou US$ 191 milhões, contra US$ 179 milhões um ano antes. A margem operacional, que já era negativa em 10,3% em setembro de 2019, passou a negativa em 13,7% agora.

A Vrio, unidade da companhia que detém o controle da brasileira Sky e outros ativos da Directv na América Latina, teve prejuízo operacional de US$ 48 milhões. O grupo não divulga os resultados isolados de suas unidades de negócio.

Outros resultados

A AT&T registrou melhores resultados em casa. Nos Estados Unidos, cresceu nas receitas de telefonia móvel, que somaram US$ 17,9 bilhões (ante US$ 17,7 bilhões), embora o EBITDA tenha caído para US$ 7,7 bilhões (contra US$ 78 bilhões um ano antes). A base de assinantes móveis aumentou em 5 milhões de clientes.

A empresa diz que a pandemia de Covid-19 teve reflexos da ordem de US$ 450 milhões nos resultados, dos quais, US$ 300 milhões perdidos se devem a menos celulares usados em roaming.

Na TV por assinatura, amargou a perda de 590 mil clientes. A receita do segmento caiu de US$ 11,2 bilhões no terceiro trimestre de 2019, para US$ 10,1 bilhões agora. O EBITDA encolheu US$ 300 milhões, para US$ 2,1 bilhões.

A empresa também colheu bons resultados na banda larga fixa e nas vendas do serviço de streaming HBO Max. No caso, fez combos para vender pacotes contendo o acesso a banda larga por fibra óptica com 1 Gbps e a assinatura do serviço de vídeo. Com isso, conquistou 800 mil clientes de 1 Gbps no trimestres. O HBO Max passou a ter 28 milhões de assinantes.

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Rafael Bucco

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