Oi vai priorizar cidades rentáveis e condiciona aumento do Capex à emissão de ações

Operadora afirma que, se aumento de capital for bem sucedido, poderá ampliar aportes em FTTH para competir com outros grandes players e concluir refarming da frequência de 1,8 GHz na telefonia móvel.

 

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A Oi definiu o plano industrial para 2018, embora traga, nele, condicionantes, como o aumento de capital. A empresa prevê investir menos nos primeiros meses deste ano, a fim de preparar terreno para os aportes mais significativos, previstos para acontecer no segundo semestre.

Para definir a estratégia de investimentos, a companhia analisou o mercado em todas as cidades nas quais atua. Observou as condições de vendas em 3.449 cidades e identificou 9.156 “clusters” (localidades) em que tem telefonia fixa.

Segundo Carlos Brandão, CFO da companhia, o objetivo é investir nos mercados rentáveis, naquelas regiões com a maior relação VPL/VPI. A prioridade recairá sobre os locais onde a empresa tem vantagem competitiva, ou seja, é a única ou a maior operadora.

Pela estratégia, a tele vai, primeiro, buscar redução do churn através da melhoria da qualidade dos serviços já oferecidos e, onde ainda não tiver, agregar ofertas de pacotes. Em seguida, pretende melhorar o atendimento. Depois, vai buscar a captação de novos usuários com foco em dados e serviços de valor agregado – algo que as rivais já estão fazendo.

Da segunda metade do ano em diante, a tele poderá contar com um reforço de Capex, condicionado ao sucesso do aumento de capital. Se o aumento de R$ 4 bilhões do valor da empresa acontecer sem falhas, o dinheiro novo será investido em FTTH nos grandes centros, com intenção de competir com grandes players. Também será usado em FTTC em regiões com menor população. E as ofertas de acesso à internet deverão ganhar incremento de velocidade. Outro objetivo será concluir o refarming do espectro de 1,8 GHz, que passará a ser usado com 4G.

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Rafael Bucco

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