Oi vai fechar lojas em 2022 e redimensionar televendas
O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou hoje, 5, que a companhia continua a perseguir a meta de economizar R$ 1 bilhão de seus gastos operacionais por ano. Para isso, a Oi vai fechar lojas, redimensionar a equipe de televendas e reduzir estoques em 2022.
Muito disso tem relação com a venda da Oi Móvel para as rivais TIM, Vivo e Claro. Sem o celular, e com atendimento mais digital para venda de banda larga fixa, a companhia poderá abrir mão de parte dos canais físicos.
Em 2021, a maior economia veio do RH: foram R$ 192 milhões gastos a menos em 2021, comparado com 2020, após redução de 1,3 mil vagas. A segunda frente que apresentou mais economia foi a de pagadores duvidosos, em que os custos com estes caíram R$ 183 milhões.
Conforme Abreu, a digitalização, alteração de gastos com marketing, melhor uso de inteligência de TI, levaram à redução de 2,6% nos custos operacionais em 2021. Se for considerada a inflação acima de 10% no período, tem-se que a redução real dos gastos foi de 13% na comparação com 2020, para R$ 12,38 bilhões.
A Oi passa por recuperação judicial desde 2016. De lá para cá, vendeu seus data centers, torres móveis, a unidade celular e o controle da unidade de infraestrutura óptica, a V.tal. Apenas com a venda da Oi Móvel e da V.tal, angariou R$ 26,4 bilhões. O endividamento total do grupo, ao final de 2021, era de R 32 bilhões. A maior parte do dinheiro que entre vai para o pagamento de dívidas, a fim de reduzir os custos financeiros da companhia, que não são atingidos pelas reduções de despesas operacionais.