Oi vai ativar redes 4,5G em 26 cidades em 2018
A Oi promete ativar redes 4,5 G nas regiões metropolitanas de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) até julho. Até o final do ano, 26 cidades serão cobertas com a tecnologia.
Os fornecedores da tecnologia serão Ericsson, Huawei e Nokia. A ativação será possível graças ao refarming da frequência de 1,8 GHz, usada no 2G., que começou a ser feito naquelas capitais em abril. A tecnologia de 4,5G (LTE-Advanced) permite a agregação de portadoras (no caso, com 2,5GHz) para aumentar a velocidade de transmissão de dados ao consumidor final.
Entre as capitais cobertas até o final do ano estão João Pessoa (PB), Natal (RN), São Luis (MA), Palmas (TO), Belém (PA).
O dinheiro vem dos investimentos, que devem fechar o ano em R$ 7 bilhões, caso sejam bem sucedido os aumentos de capital previstos para acontecer neste ano.
Conforme Bernardo Winik, diretor nacional de Varejo&Digital a expectativa é captar ao menos R$ 4 bilhões em 2018 com novos aportes, o que permitirá ampliar em R$ 1,5 bilhão os investimentos anuais – seguindo o plano de recuperação judicial.
Competição
Segundo Winik, com o incremento será possível para a Oi reduzir a distância dos competidores quanto à entrega da banda larga móvel. A tele foi a única das quatro maiores do país a não participar do leilão de frequências de 2014, quando a Anatel licitou lotes de 700 MHz.
“A frequência de 700 MHz é importante para ampliar a cobertura em cidades menores e no campo. Mas com o que temos conseguiremos atender os consumidores das cidades maiores”, defende. Ele diz que ainda não há definição, dentro da Oi, se a empresa vai participar no futuro leilão de 700 MHz, a ser realizado pela Anatel.
Por seus cálculos, 73% da população urbana brasileira vive em áreas com alguma cobertura 4G da Oi. As cidades que receberão o 4,5G são áreas que já recebem o serviço LTE próprio da operadora. Em outras cidades, há compartilhamento com a TIM. A concessionária estuda, ainda, aumentar o compartilhamento com a própria TIM e com a Vivo.
Roberto Guenzburguer, diretor de produtos, mobilidade e conteúdos, explica que os investimentos trarão retorno rápido. A expectativa da companhia é de crescer acima da média do mercado. “A meta é crescer acima de dois dígitos em venda no pós-pago, no controle e no pré-pago”, afirma.