Oi: Resultado do 2º tri quase não teve impacto da recuperação judicial

Executivos da operadora enxergam melhora do caixa no próximo trimestre, já sem a pressão dos custos que são protegidos pelo processo

shutterstock_Jerry Sliwowski_Justica_Regulacao_Anatel_Desempenho_BalancoAo falar com analistas na manhã desta quinta-feira, 11, durante a conferência de resultados do segundo trimestre, os executivos da Oi procuraram deixar claro que os números apresentados ainda não se beneficiaram da recuperação judicial pedida no final do trimestre, em 20 de junho.

Por isso, a companhia precisou arcar com o pagamento de quase R$ 1,8 bilhão em juros e amortizações, algo que não deve se repetir no terceiro trimestre. Também pesou para o aumento do endividamento da companhia o pagamento de licenças 3G, no valor de R$ 650 milhões. A empresa terminou junho com dívida bruta de R$ 46,49 bilhões, e líquida de R$ 41,38 bilhões.

O diretor presidente da companhia, Marco Schroeder acrescentou que a contratação de pessoal que antes era terceirizado, bem como o pagamento de rescisões contratuais realizadas em maio também impactaram os custos do trimestre. “No próximo trimestre teremos uma reversão do comportamento do fluxo de caixa em função da recuperação judicial”, garantiu.

Os executivos evitaram dar detalhes sobre o andamento da recuperação judicial. Afirmaram que  o processo caminha a passos largos e que um plano de reorganização será apresentado a credores antes de ser enviado à Justiça para a homologação. Ele não falou, no entanto, quando o plano será concluído e apresentado.

Contratos em dólar também pressionaram os custos operacionais da companhia. Segundo Schroeder, o câmbio aumentou principalmente os custos com aluguel de capacidade em cabos submarinos e em satélites. “Mesmo assim, conseguimos fazer com que os custos crescessem bem abaixo da inflação”, afirmou. No ano, a inflação registrada foi de 8,9%, enquanto os custos da Oi cresceram 2,9%.

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Rafael Bucco

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