Oi reposiciona unidade B2B, que passa a se chamar Oi Soluções
A Oi decidiu selar a transformação digital da unidade de negócio voltada a empresas com mudança no posicionamento de marca e no escopo de atuação. O que era Oi B2B passa a ser conhecido como Oi Soluções. A divisão não apenas continuará a vender serviços de conectividade e TI, como amplia o foco em integração de serviços e tecnologias de inúmeros parceiros.
O reposicionamento da unidade faz parte da estratégia da companhia para retomar o crescimento e deixar para traz a recuperação judicial, na qual ainda está imersa. Rodrigo Abreu, COO da Oi, destacou hoje, 4, que o segmento B2B é fundamental para a perspectiva futura do grupo. “B2B hoje é o segundo maior negócio da empresa, atrás apenas do móvel. É, e continuará a ser, a maior operação B2B do Brasil”, afirmou durante apresentação para clientes e parceiros ocorrida em São Paulo, capital.
Segundo ele, o plano estratégico da Oi coloca a companhia em um rumo de crescimento que vai durar pelos próximos 25 anos. O foco recai sobre fibra óptica (FTTH), além da expansão no móvel e no segmento empresarial. “Não vai existir banda larga, 5G, serviço corporativo sem a presença da Oi”, disse, depois de afirmar que o projeto de implementação de FTTH da Oi é o maior do mundo, excluindo-se casos de operadoras da China.
Abreu falou também que a mudança regulatória recente, com aprovação do novo marco legal de telecomunicações, permitirá à Oi trilhar esse rumo. “O horizonte regulatório nos permitirá ter maior nível de investimento”, reiterou. E destacou que o segmento B2B vai se beneficiar disso.
Conectividade, TI e parcerias
Adriana Viali (foto), responsável pelo comando da Oi Soluções, contou que a unidade espera capitalizar em cima de suas maiores qualidades: capilaridade (presença em 5,5 mil cidades), a o atendimento personalizado (mais de 1,5 mil executivos de atendimento), expertise em conectividade e TI e a capacidade de integrar serviços e tecnologias de uma miríade de parceiros.
Nos últimos anos, diante da recuperação judicial, enfrentou questionamentos de clientes sobre sua sustentabilidade. O reposicionamento procura marcar a retomada do segmento. A executiva diz que para 2020 a Oi vai dobrar o Capex reservado exclusivamente para o segmento corporativo. A empresa não revela quanto será esse valor, nem quanto foi em 2019. Diz, porém, que nos últimos três anos a Oi realizou R$ 1 bilhão em investimentos em B2B.
“O grande mote desse reposicionamento é que não vamos a nenhum lugar sozinhos. Grandes empresas de tecnologia apostam em nossa agressividade e capacidade para crescer junto com a Oi”, afirmou.
O primeiro grande produto da nova Oi Soluções também foi anunciado hoje. Trata-se do Oi Gestão 360º. Por ele, a operadora faz a gestão de conectividade, TI, segurança e negócios para o cliente. Os ativos podem ser tanto da Oi, como de outros provedores do mercado. O caso de sucesso do novo produto vem da própria Oi, cuja disponibilidade de sistemas de TI passou de 99,5% em 2017 para 99,92% neste ano.
A CCXP19, festival de cultura pop que começa hoje, 4, em São Paulo, já recorrerá ao serviço. Ali a operadora instalou 60 Km de fibra óptica com redundância, montou a rede WiFi, implantou ferramentas de segurança anti-DDoS, videomonitoramento com analytics, servidores de edge computing e até solução de IoT (a qual vai monitorar ruído e temperatura no local).
Com o novo posicionamento a Oi Soluções espera, diz Viali, seguir expandindo as receitas obtidas com TI, que hoje são 15% do total. A unidade tem como meta aumentar este porcentual a 33% até o final de 2024.
“Nosso objetivo é claro: precisamos blindar os serviços que temos em casa e, de acordo com as necessidades dos clientes, ampliar o portfólio com parceiros, levando os serviços deles onde hoje eles não estão. Por isso a importância de parceria com a Oi”, acrescentou. A vasta lista da parceiros apresentada pela operadora inclui, para citar alguns, Ericsson, Microsoft, NEC, Cisco, Nava, Fortinet, Huawei, Globalweb.