Oi quer vender torres em outubro e operação móvel até dezembro deste ano

A proposta é fazer o leilão de 657 torres móveis e 255 sites internos pelo preço mínimo de R$ 1 bilhão em outubro deste ano. A Oi estima realizar o leilão da operação móvel, ao preço mínimo de R$ 15 bilhões, ainda este ano, até dezembro. E a venda de até 51% do controle da empresa de infraestrutura de fibra óptica, no primeiro trimestre de 2021. A venda dos 5 data centers está praticamente concluída.

Em conferência aos analistas, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, detalhou a nova proposta para a recuperação da operadora, que implicará profunda mudança em sua atual estrutura. Conforme informado, ontem,15, serão criadas quatro unidades distintas, para a venda integral ou parcial de seus ativos e controle. A intenção é, no final, ter uma empresa bem mais enxuta, focada na oferta de atacado de varejo de fibra óptica.  A proposta é fazer o leilão de 657 torres móveis e 255 sites internos pelo preço mínimo de R$ 1 bilhão em outubro deste ano. A Oi estima realizar o leilão, ao preço mínimo de R$ 15 bilhões, ainda este ano. E a venda de até 51% do controle da empresa de infraestrutura de fibra óptica, no primeiro trimestre de 2021.

Para isso, a operadora espera ter a reestruturação aprovada pela assembleia de credores em agosto deste ano. Conforme o plano apresentado, a expectativa é de que a companhia consiga sair da Recuperação Judicial após a venda da operação móvel, cuja conclusão definitiva (com a aprovação dos órgãos de controle) está prevista para dezembro de 2021.

Venda da móvel

No caso da venda das operações móveis, há uma condição nova explicitada por Abreu na conferência aos analistas:

A Oi poderá não aceitar a maior proposta do leilão e poderá fechar com a segunda proposta, se a diferença for de até 5% em relação ao preço mínimo, se considerar que a proposta monetária menor tiver menos riscos regulatórios do que a proposta vencedora.

Data Centers

A empresa também vai se desfazer de seus cinco data centers, com garantia de receitas de colocation para os clientes corporativos da Oi, pelo preço mínimo de R$ 325 milhões. Segundo Abreu, essa venda, conduzida pela equipe da operadora, já está praticamente concluída.

Novo sócio para a nova Oi

Também estão nos planos da reestruturação a venda de no mínimo 25% e no máximo 51% das ações da unidade InfraCo. A empresa quer, no mínimo R$ 5,8 bilhões em dinheiro e o restante em distribuição de dividendos, que alcance pelo menos R$ 6,5 bilhões.

“Com essa visão estratégica, pretendemos criar a maior empresa de infraestrutura de telecomunicações do país, e ao  mesmo tempo massificar a as operações de banda larga em fibra óptica”, afirmou Rodrigo Abreu durante a conferência.

Ele ressaltou que o plano está calcado em três pilares: capacidade de investimentos, como geração de receitas de longo prazo; separação estrutural com uma empresa focada na experiência do cliente e a segunda, uma empresa neutra de infraestrutura.

Leia aqui a íntegra da apresentação de hoje:

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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