Oi prevê receber dinheiro da Highline e da Sky só em 2023
A Oi prevê receber o dinheiro da Highline, pela venda de suas torres, e da Sky, pela venda dos clientes de TV paga, somente a partir do primeiro semestre do próximo ano. Essa previsão foi apresentada hoje, 10, pelo CEO da empresa, Rodrigo Abreu, aos analistas, durante a call para o detalhamento dos resultados operacionais e financeiros da empresa, divulgados na noite de ontem,9.
Conforme a companhia, o contrato de compra e venda será assinado ” em breve” com a Highline, e aguarda as análises regulatórias e competitivas tanto da Anatel como do Cade. A empresa espera entrada do dinheiro em seu caixa no primeiro semestre do próximo ano. A Oi vendeu em dinheiro para a Highline as suas torres fixas, no valor de R$ 1,08 bilhão em leilão realizado em agosto, que não teve disputa.
Já no caso da Sky, a expectativa da operadora é de só contar com o dinheiro em caixa no segundo semestre do próximo ano. Na conferência, Abreu explicou que ainda está “pré-protocolando” a operação junto ao Cade. A Sky adquiriu a base de clientes do serviço de TV paga via satélite (DTH) da Oi em setembro deste ano, por R$ 786 milhões.
Disputa Oi Móvel
Quanto à disputa pelo valor final de venda dos ativos da Oi Móvel, que está sendo travada entre os três compradores – Claro, TIM e Vivo – e a Oi, Rodrigo Abreu voltou a dizer que não reconhece a necessidade de qualquer ajuste ou retenção da parcela do dinheiro que ainda falta. Segundo Abreu, as reivindicações das compradoras que se referem a base de clientes, receita, capital de giro, Capex e ajuste no inventário móvel. Mas na visão da Oi, reforçou o executivo ” as notificações são falhas por não cumprirem o SPA (contrato) e apresentarem diversos erros materiais”.
Entre eles, apontou que o número de clientes que está sob questionamento tem como base as informações oficiais da Anatel e a política da empresa, e que foram fornecidos novos documentos sobre os inventários móveis e informações sobre o o Capex.
Resultado
Rodrigo Abreu detalhou os motivos que levaram a Oi a terminar o período com um caixa bem menor do que no segundo trimestre do ano. Ela fechou o segundo trimestre com R$ 5 bilhões em caixa e fechou o terceiro com R$ 3,59 bilhões.
Entre os itens mais impactantes estão R$ 512 milhões gastos com o pagamento do cupom semestral dos Bonds de 2025; R$ 188 milhões para o aumento de capital da V.Tal; R$ 489 milhões de Capex de rotina e mais R$ 156 milhões de Capex extra para a compra das ONTs que serão usadas na ampliação do serviço de Fibra até a casa do assinante.