Oi não prevê demissão de quadro de funcionários, afirma diretor

Segundo a Carlos Eduardo Medeiros, da operadora, os serviços da empresa continuam a ser desempenhados normalmente na recuperação judicial. Os índices de reclamação da Senacom não mudaram confirma Ministério da Justiça.

 

Equipe multidisciplinar Oi trabalhandoO vice-presidente de Regulação da Oi, Carlos Eduardo Medeiros, afirmou hoje, 22, durante audiência pública na Câmara dos Deputados que não há previsão de demissão do quadro de funcionários no processo de recuperação judicial. “Os serviços continuam sendo desempenhados normalmente”, completou o executivo, ao elencar as razões do porquê a empresa foi buscar a  renegociação da dívida de R$ 65 bilhões que está em discussão na 7 Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo o Gustavo Gomes, representante da secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, o desempenho da empresa junto ao consumidor não mudou, desde que ingressou com o pedido, há quatro meses.  A Senacom está monitorando diariamente o comportamento da empresa pelos sistemas Sindec e Consumidor.Gov, que recebem as reclamações dos consumidores de todo o país.

Conforme Gomes, os indicadores demonstram que o processo de recuperação não afetou os clientes. ” A recuperação não teve grande impacto no número de reclamações da Oi “, afirmou ele. Do total de reclamações que o sistema Sintec recebe, 28% são referentes aos serviços de telecomunicações. E  no sistema Consumidor.Gov, 41% também referem-se aos serviços de telecom As reclamações contra a  Oi são de 24% e de 31%, respectivamente, não variando no período de recuperação judicial, que está sendo monitorado diariamente.

Para a maioria dos parlamentares presentes à audiência pública, duas foram as principais razões para a grande dívida da Oi-  a sua fusão com a Brasil Telecom e a opção por ter remunerado mais os acionistas do que podia.

“A Oi tem Ebitda positivo o seu problema é a dívida. Então, o que se precisa é imputar o prejuízo ao acionista, salvando o operacional,  depreciando as ações e depois transferindo as ações para um novo controlador. A notícia que ouvi é que novas regras seriam criadas para privilegiar a empresa, o que vai valorizar a ação e privilegiar o acionista, que deveria ser prejudicado, já que as ações vão subir. No Brasil se tem a mania de juntar no mesmo bolo a empresa e o acionista e eu vou vigiar”, afirmou o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP).

Antônio Rabello, diretor tributário da Oi, disse, por sua vez, que hoje a Oi tem uma composição acionária pulverizada e que os atuais controladores são o grupo Pharol,( ex- Portugal Telecom), com 22,24%, Societé Mondeale, 6,32%, BNDES 4,63%, Point State, 4,18, e o grupo Marathon, 1,32%

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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