Oi diz que concessão é insustentável desde 2015 e quer esse prejuízo na conta da migração

O COO Rodrigo Abreu acredita que a definição das regras para a migração da concessão de telefonia fixa para o regime privado de autorização deverá demorar entre 12 a 18 meses depois da publicação do Decreto presidencial. E entende que o fluxo de caixa negativo da concessão deverá ser considerado.

Futurecom – O COO da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou hoje, 30, durante o Futurecom, que a Oi irá reivindicar à Anatel que seja incluído no cálculo da migração das concessionárias para o regime privado de autorização a insustentabilidade da concessão de telefonia fixa desde 2015. 

” O Decreto da Presidência da República vai definir as condições para a Anatel calcular o valor dessa mudança. Essa decisão deverá demorar no mínimo entre 12 a 18 meses. A sustentabilidade da concessão é um dos principais temas da discussão”, afirmou o executivo aos jornalistas. 

Estratégia

Abreu disse ainda que a empresa continua com a sua estratégia de investir em seu principal ativo, que é a rede de fibra óptica, e o objetivo é levar essa infraestrutura para 16 milhões de residências em todo o Brasil, à exceção de São Paulo.

Até o final do ano, a Oi  terá levado a FTTH para 4,6 milhões de residências e empresas de sua área de concessão. Para acelerar essa estratégia, é que a Oi pretende ampliar a parceria com os ISPs, não apenas oferecendo compartilhamento de sua rede de atacado – seja no bakchaul ou backbone – como também firmando parcerias com esses provedores para acelerar o número de home passed.

“A Oi quer trabalhar junto ao pequeno provedor , oferecendo marca, gestão de cliente, franquia, para massificar de verdade a fibra no país”, completou.

Conforme o executivo, a telefonia móvel continua a ser um serviço importante para geração de receita para a Oi, mas a empresa não aposta todas as suas fichas nessa operação. O posicionamento da companhia é o de ter na fibra óptica o seu principal ativo.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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