Oi conclui processo de reestruturação da dívida
A Oi completou uma etapa fundamental do seu novo plano de recuperação judicial: a emissão e conversão de dívida para credores preferenciais e terceiros. A empresa reforçou o caixa em R$ 758,5 milhões através de um financiamento tomado junto à V.tal. Trocou as notas do empréstimo emergencial DIP por nova dívida de US$ 601 milhões. E converteu parte da dívida com credores financeiros em notas que somam US$ 1,33 bilhão.
O financiamento tomado com BGC Fibra Participações, uma subsidiária da V.tal, correspondeu ao montante de US$ 150 milhões. Estes títulos vencem em 30 de junho de 2027. O prazo é o mesmo para as demais notas emitidas nesta quinta-feira, 8.
Os juros serão de 10% ao ano, pagos trimestralmente, para os casos em dólar, ou de 13,5% ao ano, com pagamento de 7,5% por trimestre, e o restante no vencimento. Para notas em reais, os juros são de 15,99% ao ano, ou 20,06% ao no, com 13,04% pagos trimestralmente e os 7,02% acumulando para pagamento na data do vencimento do principal. E as garantias oferecidas pela Oi incluem a ClientCo e a participação no capital da V.tal.
A operadora não divulgou a quanto o endividamento caiu com essa reestruturação. Disse apenas que “concluiu o processo de reestruturação de sua dívida, melhorando seu perfil de endividamento e obtendo liquidez adicional, conforme previsto no Plano [de recuperação judicial]”.
Conforme o plano de recuperação da Oi e estimativa da empresa divulgada nos resultados do primeiro trimestre, após essa reestruturação, a dívida líquida (a valor justo) cairia 70%, de R$ 25,36 bilhões para cerca de R$ 7,6 bilhões. Na próxima semana, a operadora vai publicar seu balanço financeiro para o segundo trimestre, no qual espera-se que tenha uma previsão mais exata da redução obtida com as transações. Em março, a Oi S.A. tinha um patrimônio líquido negativo em R$ 30 bilhões.
A V.tal emitiu também comunicado ao mercado para informar que subscreveu as debêntures da Oi no valor líquido de R$ 758,5 milhões.