Oi capta US$ 200 milhões com credores como parte de empréstimo autorizado pela Justiça
Em meio ao segundo processo de recuperação judicial, a Oi informou que conseguiu captar, junto de um grupo de credores, parte de um empréstimo autorizado pela Justiça. A operadora levantou US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 972,62 milhões), montante que diz respeito ao primeiro tranche do financiamento DIP, como a operação de empréstimo é chamada.
Em fato relevante divulgado aos acionistas e ao mercado, no último dia 7, a companhia ressaltou que os recursos provêm de um grupo de credores financeiros que representa a maioria dos detentores de 10%/12% das Senior PIK Toggle Notes emitidas pela tele, com vencimento em 2025.
Além disso, a operadora salientou que o empréstimo ocorreu “após o cumprimento das condições precedentes cabíveis previstas no Note Purchase Agreement”.
Em abril, a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou a Oi a captar, junto de parte dos atuais credores, US$ 275 milhões (R$ 1,38 bilhão), apresentando como garantia o restante das ações que a companhia tem na V.tal. Desse modo, a Oi ainda pode levantar US$ 75 milhões.
“A Companhia ressalta que, nos termos do Note Purchase Agreement, seguirá trabalhando para cumprir com as condições precedentes aplicáveis para viabilizar o desembolso da segunda tranche prevista no Financiamento DIP no valor remanescente de US$ 75 milhões, bem como mantém a negociação da documentação definitiva do acordo de apoio à reestruturação e lock-up com a maioria dos Credores Financeiros”, diz a tele, em trecho do fato relevante.
No mês passado, a Oi apresentou o plano de recuperação judicial em detalhes. A proposta prevê aumentar o capital da companhia, diluir a participação dos atuais acionistas e entregar 80% do capital social da empresa aos credores que aceitarem as medidas sugeridas.
Em conferência com acionistas, após a divulgação do balanço financeiro de 2022, período em que a tele registrou prejuízo de R$ 19,26 bilhões, o diretor presidente da empresa, Rodrigo Abreu, justificou o plano dizendo que, apesar da redução da participação dos atuais sócios, “os acionistas terão uma empresa mais sustentável no futuro”.