Oi altera estrutura corporativa para a recuperação judicial

Foram criados comitês para acompanhar o processo de recuperação e duas novas diretorias, que passam a abarcar a estrutura corporativa usada até então. José Claudio Gonçalves será diretor executivo de operações, enquanto Bernardo Winik será o diretor comercial.

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A Oi anunciou hoje, 23, mudanças em sua estrutura corporativa. O objetivo das mudanças é facilitar a condução da recuperação judicial. Para isso, criou e extinguiu comitês e mudou diretorias.

Foram criados dois comitês internos responsáveis por acompanhar o processo de recuperação judicial: o Comitê para Acompanhamento da Implementação do Plano de Recuperação Judicial e o Comitê de Auditoria, Riscos e Controles. Os Comitês de Governança Corporativa e Finanças, de Engenharia, Tecnologia e Redes e de Riscos e Contingências fora extintos. Foi mantido o de Gente, Nomeações e Remuneração.

O conselho de administração da companhia aprovou também a contratação de um assessor estratégico ligado ao próprio conselho, encarregado de fazer o board manter o foco na recuperação judicial.

Além disso, foi criada a Diretoria Executiva de Operações, sob a qual ficarão as operações de redes, tecnologia e novos negócios. E foi criada a diretoria Comercial, responsável pelas áreas de varejo, empresarial, e relacionamento com clientes.

“Este movimento objetiva aprimorar a eficiência organizacional e está em consonância com as prioridades estratégicas do negócio”, diz a Oi, em comunicado ao mercado.

José Claudio Moreira Gonçalves, que já era vice-presidente de operações, foi designado para o cargo de Diretor de Operações, tendo sido escolhido pelo Diretor Presidente da Oi, Eurico Teles. O cargo de Diretor Comercial será ocupado por Bernardo Kos Winik, que era diretor de vendas e varejo.

Ratings

A Oi informou na noite de ontem, 22, que a empresa de análise de risco Standard & Poor’s alterou a nota do crédito da companhia. A S&P elevou os ratings de crédito corporativos, de D para CCC+, na escala global, e de D para brB, na escala nacional. Ao mesmo tempo, a S&P reiterou que todos os ratings de dívida da Companhia continuam avaliados em D.

Significa que, para a S&P, o investimento em créditos corporativos ainda merece ressalvas, mas está em melhores condições do que estavam antes da recuperação judicial. E ressalta que o viés é positivo, podendo elevar as notas nos próximos 12 meses se a recuperação judicial se mantiver em execução.

Já a manutenção das notas para títulos de dívida da operadora foram mantidos porque ainda se espera a aprovação do plano “em outras jurisdições, o que pode levar vários meses”, diz o comunicado.

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Rafael Bucco

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