O setor de telecom perdeu atratividade, diz presidente do grupo América Móvil
Ele voltou a afirmar que o grupo não é contrário à evolução do marco regulatório mas, para dar segurança jurídica aos investidores, defende que o país preserve os contratos de concessão.
Essa posição é diferente a das outras duas concessionárias – a Oi, que em recuperação judicial pede urgência para a o fim da concessão, e da Telefônica Vivo, que também quer o fim da concessão, mas acelerando as obrigações regulatórios.
Segundo o vice-presidente jurídico regulatório do grupo, Oscar Petersen, a América Móvil quer atualizações regulatórias e menos encargos aos serviços, mas essa posição não é contraditória com o fato de também defender a preservação dos contratos de concessão da telefonia fixa. E explica:
-Nós temos uma concessão até 2025 e temos o direito de mantê-la até lá. Isso significa que se não concordarmos com as futuras regras, a migração para um novo regime não poderá ser impositiva.
O presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que qualquer migração não será forçada e as concessionárias terão seus direitos preservados. Mas Petersen salientou que há diferenças de modelagens e, como exemplo, citou a proposta do conselheiro Igor de Freitas (que reduz as concessões para pequenos pontos do país) apoiada pela América Móvil em detrimento à proposta do conselheiro Rodrigo Zerbone, que causou muita preocupação no grupo.
Segundo José Félix, o negócio de telecom passa por dificuldades econômicas e perde também a atratividade devido à alta carga tributária, que a cada dia aumenta mais no país. “O imposto, que já era alto, ficou astronômico”, lamentou.