Novo modelo de IA detecta lavagem de dinheiro com Bitcoin

Desenvolvido pela Elliptic em parceria com MIT e IBM, o modelo usa dados de mais de 200 milhões de transações para detectar atividades ilícitas utilizando a criptomoeda

Novo modelo de IA detecta lavagem de dinheiro na blockchain do Bitcoin
A empresa britânica Elliptic, especialista em soluções de compliance em criptomoedas e blockchain, criou um novo modelo de inteligência artificial (AI) capaz de detectar lavagem de dinheiro na blockchain do Bitcoin.

Desenvolvido em parceria com o MIT-IBM Watson AI Lab (laboratório de IA formado pelo Massachusetts Institute of Technology e a IBM), o modelo se mostrou eficiente na identificação de crimes de câmbio com criptomoedas, lavagem de dinheiro e carteiras utilizadas para fins ilícitos.

A pesquisa vem sendo conduzida pela Elliptic e laboratório de IA do MIT-IBM desde 2019, quando a primeira versão do modelo de IA conseguiu compilar dados de cerca de 200 mil transações de criptomoedas. Agora, os dados disponíveis foram multiplicados por 1000 e chegaram a mais de 200 milhões de transações classificadas pelos desenvolvedores, que os tornaram públicos.

A ideia é que essa iniciativa leve à criação de novas técnicas de IA para identificar crimes financeiros de criptomoedas. “Blockchains fornecem um terreno fértil para técnicas de machine learning, graças à disponibilidade de dados de transações e informações sobre os tipos de entidades envolvidas. Isso contrasta com as finanças tradicionais, em que os dados das transações são normalmente isolados, tornando difícil a aplicação dessas técnicas”, afirma o comunicado.

O caminho do modelo de IA para detectar crime financeiros

Em vez de observar apenas o universo do Bitcoin, os pesquisadores decidiram analisar transações feitas por suspeitos de práticas criminosas até as exchanges, corretoras onde eles conseguem “lavar” o dinheiro e convertê-lo em dinheiro físico “limpo”.

Num teste com 52 movimentações supeitas de “lavagem de dinheiro”, previstas pelo modelo, e que terminaram em depósito numa única corretora, 14 já tinham sido marcadas pela própria corretora como contas receptoras de fundos suspeitos.

“Em média, menos de uma em cada 10 mil dessas contas são sinalizadas como tal, sugerindo que o modelo funciona muito bem”, afirma a empresa. “É importante ressaltar que os insights da carteira foram baseados em informações de fora da cadeia, sugerindo que o modelo pode identificar lavagem de dinheiro que não seria identificável usando apenas técnicas analíticas tradicionais de blockchain”, acrescenta. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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