Nokia projeta escalada das redes privativas na década atual

Fornecedora contabiliza a instalação de 140 redes móveis privativas no Brasil; 4G ainda é responsável por 85% das soluções, mas casos de uso em 5G começam a despontar
Nokia projeta escalado do mercado de redes privativas nos próximos anos
Mercado de redes privativas ainda está na infância, diz Nokia (crédito: TeleSintese)

A Nokia projeta um avanço considerável no mercado de redes móveis privativas no mundo ao longo da atual década. Para a fornecedora, a oferta desse tipo de solução ainda está em estágio inicial, podendo alcançar milhões de instalações até 2030.

A previsão foi compartilhada por Alberto Rodrigues, diretor Comercial da Nokia Brasil, em painel no evento Futurecom, nesta quarta-feira, 9. O executivo ainda citou um estudo que aponta que há 402 redes privativas em operação no Brasil, das quais 140 foram implantadas pela Nokia. No mundo, a empresa alega ser responsável por 65% dos equipamentos usados nestes ambientes.

“Esse mercado ainda está na sua infância”, avaliou Rodrigues. “Essa jornada de transformação digital começa pelo topo da pirâmide, mas a tecnologia de conectividade como habilitadora irá se diversificar”, acrescentou.

Rodrigues ainda indicou que, com base em uma pesquisa feita pela fornecedora com 100 empresas que implementaram redes privativas espalhadas por diversos países, 78% obtiveram o retorno do investimento em 18 meses.

4G ou 5G

Apesar de as redes privativas serem consideradas um dos principais produtos para monetização do 5G, a maior parte das soluções ainda usa conectividade 4G. De acordo com o executivo da Nokia, a rede de quarta geração é responsável por 85% das instalações privadas. Desse modo, o uso do 5G privativo ocorre para viabilizar aplicações de missão crítica, como as que requerem latência muito baixa, ou mesmo de alta capacidade, como vídeo em 4K.

“O LTE, por usar frequências mais baixas a precisar de menos antenas, é uma tecnologia mais barata e conta com um ecossistema maior de dispositivos. É preciso olhar o retorno do investimento, e o LTE vai durar mais uns 15 anos. Mas já há casos que justificam o uso do 5G”, explicou o executivo.

Rodrigues ainda destacou que, no caso das redes privativas, não há um produto de prateleira, de modo que o fornecedor tem que adequar a oferta conforme a necessidade de cada cliente.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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