“Não conheço aplicação matadora em 5G”, diz estrategista da Claro

Para Rodrigo Marques, tecnologia ainda tem que se provar rentável para atrair investimentos da operadora

 

O vice-presidente de estratégia da Claro Brasil, Rodrigo Marques, jogou água na fervura da 5G. Durante evento em São Paulo, o executivo disse que a quinta geração ainda não tem um business case que justifique o investimento por parte das operadoras na tecnologia.

“Tem muito oba-oba em cima de 5G. Não conheço nenhuma aplicação matadora da 5G”, criticou, durante o Pay TV Fórum, após questionado sobre o uso da tecnologia para a distribuição de TV paga.

“Quem quer 5G são os vendors [fornecedores], que precisam vender equipamentos. Mas quem vai pegar um caminhão de dinheiro e investir em 5G, quando parte do país ainda não tem 4,5G?”, indagou.

Para o executivo, a 5G se mostra rentável em alguns produtos B2B, mas ainda não em aplicações massivas, muito menos na TV paga “no curto ou médio prazo”. Ele ressaltou que a Claro investirá na tecnologia de forma relevante quando ficar evidente qual será o retorno financeiro.

A Claro está investindo na expansão de redes de fibra óptica e já construiu redes FTTH em 51 cidades. Até o final do ano, a tele deve alcançar 1,5 milhão de homes passed (residências servidas por fibra óptica). Além disso, a operadora tem cerca de 8 milhões de clientes de TV paga, a maioria assinante cliente também do serviço de banda larga fixa, baseada em tecnologia HFC. Em outras ocasiões, no entanto, os executivos da operadora afirmaram que os investimentos em fibra são uma preparação para a adesão rápida à 5G.

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Rafael Bucco

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