Na fila pelos 700 MHz, TIM defende agilidade na ocupação da faixa

Mario Girasole, VP regulatório da TIM, destaca benefício social ao ativar rapidamente rede no espectro. Pedido contém cidades autorizadas para as entrantes.

ISPs telefonia móvel

A TIM também solicitou à Anatel direito de uso em caráter secundário da faixa de 700 MHz ociosa no Brasil. As grandes empresas de telefonia móvel podem pedir acesso à radiofrequência, após a agência deliberar sobre os pedidos feitos por operadoras entrantes neste mercado.

Mario Girasole, vice-presidente para a área regulatória e de relações institucionais da TIM, afirmou hoje, 31, que a operadora apresentou pedido para explorar os 700 MHz ociosos em centenas de cidades. Mas aguarda todas as decisões que devem ser tomadas na fila regulatória das solicitações feitas por outros participantes do mercado móvel.

O executivo defende que a proposta de uso apresentada pela TIM é positiva para a sociedade por colocar rapidamente em uso um espectro que, por ora, segue desocupado e tem grande potencial para ampliar a cobertura e a capacidade das redes móveis.

“Já solicitamos o uso dos 700 MHz, e estamos no processo, na fila regulatória. Fizemos escolhas por cidades maiores, onde o tráfego exija recurso adicional. [O diferencial] da nossa proposta de PMS é que não precisamos de prazos para utilizar o espectro, conseguimos usar imediatamente. E isso é muito importante para um recurso público”, disse a jornalistas em coletiva de imprensa online.

O TS apurou que a a TIM solicitou direito de exploração secundária em 206 cidades. No entanto, em 201 delas há pedidos também das entrantes, o que limitará a liberação por parte da Anatel. Brisanet, Cloud2U (iez!), Ligga e Unifique já receberam aval para acessar o espectro em 2,6 mil cidades ao todo, conforme seus planos de atuação, com prazo limite de 18 meses para realizar a ocupação.

Os outros 2.970 municípios brasileiros podem ser alvo de solicitação das PMS, mas apenas a TIM se apresentou. A companhia tem uma vantagem técnica: ser dona de banda de 700 MHz adjacente à faixa ociosa, o que permite a ativação rápida sem mudança de equipamentos. Vivo e Claro, que utilizam frequência na faixa mas distantes do que há ocioso, não apresentaram solicitação para exploração em caráter secundário.

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Rafael Bucco

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