Na disputa do 5G, Claro fica à frente
A Anatel divulgou ontem, 1, os números consolidados dos acessos dos principais serviços de telecom do país do ano passado. E na telefonia celular, vale uma reflexão sobre como está se travando a competição na nova geração da tecnologia, o 5G. E na disputa, a Claro está à frente de Vivo e TIM.
Conforme o portal Teleco, a Claro está à frente de suas rivais nas capitais de Porto Alegre, Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. A Vivo lidera o market share em Manaus, Belo Horizonte e Fortaleza. E a TIM mantém Curitiba como sua base mais importante. Segundo mostrou ontem a reportagem do Tele.Síntese, com base nos números da Anatel, o Brasil fechou o ano de 23 com 256,2 milhões de acessos celulares em serviço, dos quais 20, 5 milhões em 5G.
Embora o número de clientes 5G represente uma base pequena frente ao tamanho do mercado brasileiro, o crescimento desta tecnologia é impressionante em relação ao ano de 22, mesmo que essa nova tecnologia ainda não tenha mostrado ao que veio quanto à promessa de trazer serviços e modelos de negócios inovadores. Conforme a própria operadora, a Claro possui hoje 37,6% do mercado de 5G brasileiro.
Acostumados que já estamos com a presença dessas três grandes operadoras na oferta de serviço celular, desde que a Oi deixou este segmento, será interessante acompanhar este ano a atuação de Brisanet e Unifique, provedores regionais que compraram espectro do 5G no leilão da Anatel. Embora essas empresas só tenham obrigação de ingressar no mercado em 2029, elas sabem que o “time to marketing” nesse setor é fundamental e já estão fazendo seus pilotos, prometendo já para este ano o início do serviço. As duas operadoras regionais estão com estratégias empresarias bastante diferentes. Enquanto a Brisanet mantém a postura de construir sua própria rede, a Unifique está optando por usar mais infraestrutura de terceiros.
Disponibilidade
Embora o 5G não tenha apresentado nada disruptivo até agora, os depoimentos de executivos de operadoras de todo o mundo que já oferecem a tecnologia é de que a “experiência do usuário” é muito melhor. Melhor porque tem muito mais capacidade de banda, e importantes avanços tecnológicos, embasados no padrão do Release 16 do 3GPP.
Talvez porque a experiência do cliente é melhor percebida, também a ansiedade pela pouca disponibilidade tem aumentado, revelam algumas pesquisas sobre o tema. E, nesse quesito, conforme também aponta o portal Teleco, a disponibilidade do 5G no Brasil está na mesma proporção à oferta do serviço nas operadoras dos EUA ou mesmo da Europa.
Segundo o Teleco, com base nos dados da OpenSignal, a proporção de tempo que um usuário está conectado ao 5G no Brasil é de 11% para a TIM, 10% para a Claro e 7% para a Vivo, enquanto que na AT&T é de 15%, na Verizon, 9% e na TIM Itália, 6%. As operadoras europeias com maiores disponibilidades atingem só 16% do tempo em 5G.