MWC 2024: veja dez tendências em telecom esperadas na feira
De 26 a 29 de fevereiro, o mundo das telecomunicações, sobretudo operadoras móveis e fornecedores de redes de acesso via rádio (RAN), se reúne em Barcelona, na Espanha, por ocasião do Mobile World Congress (MWC).
O maior evento de telecom do planeta abre espaço para que executivos e especialistas debatam as principais pautas regulatórias e comerciais do setor, além de apontar os rumos da indústria e as tecnologias que devem chegar às mãos dos consumidores nos próximos anos.
Para a GSMA, associação global de operadoras móveis e entidade responsável pelo congresso, não há sinalização de que uma nova tendência global apareça no MWC 2024.
No entanto, o evento deve se debruçar sobre tópicos bastante pertinentes às teles, como a tão desejada rentabilização do 5G, bem como a adoção de novas tecnologias pelo setor de conectividade, tendo em vista o lançamento comercial de mais serviços de banda larga via satélite e a aceleração de soluções de redes privativas.
Veja, a seguir, dez tendências que devem ditar as discussões no MWC 2024.
Monetização do 5G
Apesar de ser a tecnologia de banda larga móvel de mais rápida absorção pelos consumidores, rentabilizar os investimentos feitos nas redes 5G continua sendo um desafio para as operadoras em todo o mundo, tanto no B2B quanto no B2C.
5G Avançado
Com a expectativa de que o 3GPP conclua as especificações do Release 18 em meados deste ano, espera-se que soluções de 5G Avançado comecem a ser divulgadas. Portanto, fornecedores já devem indicar o que a tecnologia que serve de ponte para o 6G poderá trazer.
O sucesso do FWA
Até aqui, entre os casos de uso do 5G, talvez o que mais tenha se mostrado bem-sucedido é o FWA (Fixed Wireless Access), tecnologia que transforma o sinal de quinta geração móvel em uma rede fixa. A expectativa é de que, à medida que o 5G avança para novos mercados, sobretudo localidades em que falta infraestrutura de banda larga fixa, a solução de 5G fixo ganhe mais apelo entre os consumidores.
Revolução da IA generativa
Em 2023, a Inteligência Artificial (IA) generativa se popularizou, de modo que empresas de diversos ramos, incluindo o de telecomunicações, passaram a tentar compreender todo o potencial da tecnologia. A aposta é de que, em 2024, os testes cedam lugar a casos de uso, com a possibilidade de tornar as operadoras mais eficientes.
Nuvem e borda
A dicotomia entre “nuvem ou borda” deve perder espaço para a estratégia de “nuvem e borda”. O que está por trás disso? O uso do 5G no segmento corporativo exige, cada vez mais, ativos hospedados na nuvem e na borda para atender às demandas dos usuários. Portanto, o coro pela união de forças deve crescer.
O futuro do entretenimento
Chegou a hora de aplicações emergentes de metaverso e pacotes de jogos entrarem de vez no ecossistema móvel. Com o apoio de dispositivos de ponta, a IA também deve contribuir para facilitar o processamento dessas plataformas.
Rede privativa sem fio como produto
Segundo a GSMA, de 2022 a 2023, o número de operadoras que oferecem ou testam redes privativas 5G quase dobrou. Desse modo, 2024 deve ser o ano da expansão do serviço e de atração de clientes.
Aceleração do eSIM
Em 2023, os serviços eSIM foram lançados por cerca de 400 operadoras em 116 países. Os números indicam aceleração desse mercado e que ainda há grande espaço para crescimento.
Banda larga via satélite
Nos dois últimos anos, as operadoras de satélite investiram no desenvolvimento de equipamentos e na formação de constelações de baixa órbita terrestre (LEO, na sigla em inglês). O que se espera agora é que os serviços sejam lançados comercialmente e respondam dúvidas sobre qual segmento puxará a demanda (consumidor ou empresarial) e como as operadoras móveis integrarão a capacidade satelital a suas ofertas.
Novos passos em sustentabilidade
As discussões sobre sustentabilidade em empresas de telecomunicações, antes muito pautadas em eficiência energética, devem ganhar novos assuntos. É a vez de temas como economia circular, energias renováveis e percepção do consumidor serem incorporados às agendas ESG.