Mourão defende nos EUA alteração da lei das teles
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a aprovação do PLC 79/2016, como forma de melhorar o acesso à internet no Brasil. Segundo ele, em conversa com o setor de telecomunicações, os empresários se comprometeram a quadruplicar, em quatro anos, o número de antenas no Brasil, de 50 mil para 200 mil.
“A lei atual data do século passado e obrigas as teles a investirem em telefones fixos e orelhões, serviços em franco declínio”, disse Mourão, em palestra na Brazil Conference at Harvard, MIT, neste domingo, 7, em Boston (EUA). Ele não comentou sobre programas de governo nessa área.
Mourão também justificou o corte no orçamento na pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, como uma necessidade, por conta do desequilíbrio nas contas públicas. “O país vive há seis anos no vermelho, em decorrência de uma crise fiscal muito grave”, afirmou. Ele disse que o MCTIC vai priorizar o casamento da academia com a indústria, para financiar pesquisas que agreguem valor para as empresas.
Congresso
O vice-presidente reconheceu que o diálogo com o legislativo demorou para prosperar, com a tática de conversar com bancadas temáticas, que se mostrou ineficiente. “Cada bancada congrega parlamentares de 30 paridos, o que dificulta a busca de apoio para os programas”, disse.
Pela estratégia atual, a construção de maioria se dará por propostas e não por meio de uma bancada permanente de apoio. “É preciso muito diálogo e muita paciência”, afirmou.
Aprovação
Mourão minimizou a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro nos primeiros 100 dias de governo. “Existe uma ansiedade muito grande por parte da população por mudanças, mas o Executivo não tem uma varinha de condão, temos que conversar diuturnamente com o Congresso Nacional”, argumentou.
Pesquisa do Datafolha aponta que, após três meses no poder, Bolsonaro tem 30% de avaliação ruim ou péssimo, contra 19% de reprovação de Collor no mesmo período, 16% de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), 10% de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e 7% de Dilma Rousseff (2010-2016).(Com agências)