Motorola confirma lançamento de módulo 5G em março, de olho no mercado norte-americano

Empresa foca os EUA, onde registrou expansão de 60% em 2018. Desempenho também foi positivo no Brasil, onde se mantém como segunda colocada em participação de mercado. Hoje, lançou a nova linha Moto G, seu carro-chefe.

 

O presidente da Motorola, Sergio Buniac (foto), disse hoje, 7, em São Paulo, que o primeiro produto 5G da empresa chega ao mercado em março, nos Estados Unidos. O Moto Snap, um acessório que deve ser acoplado ao telefone Moto Z3, foi anunciado em agosto do ano passado, mas ainda não tinha oficialmente data para seu ingresso no mercado. As vendas devem começar pela operadora Verizon, que lançou sua rede 5G no final do ano passado. A jornalistas, Buniac disse também que a empresa prepara um lançamento “inovador” para junho. Mas não disse a que tipo de inovação se referia.

O executivo brasileiro assumiu o comando da companhia em março de 2018. Desde então, determinou como foco a retomada do lucro. A empresa, parte do grupo chinês Lenovo, vinha perdendo dinheiro no disputado mercado de dispositivos móveis.

“O ano foi de ajuste em busca de rentabilidade. Simplificamos nosso portfólio, cortamos orçamento em 30%. Focamos os mercados em que íamos bem, como Estados Unidos, Brasil, parte da Europa, e desaceleramos a presença em alguns emergentes”, contou. O resultado será a volta ao azul. “Em duas semanas anunciaremos um pequeno lucro”, afirmou.

Nos EUA, as vendas da empresas cresceram 60% ano a ano. Lá, a Motorola passou a ser a 4ª principal fabricante de celulares, atingindo 8% de market share. Na América Latina, atingiu participação de de mercado de 17%, após crescer 4% em vendas. Fica atrás apenas da Samsung. Buniac destacou a expansão de dois dígitos na Colômbia (25%), no México (29%) e na Argentina (57%) em 2018.

Lançamento mundial

Hoje a empresa apresentou quatro novos modelos da linha Moto G, seu carro chefe. São quatro variantes, e preços que vão de R$ 999 a R$ 1,9 mil.

A versão mais sofisticada é o Moto G7 Plus (foto acima). Projetado para capturar fotos com qualidade, traz uma câmera com sensor principal de 16 MP e estabilização óptica. Usa também IA (inteligência artificial) para aperfeiçoar as imagens capturadas. A bateria dura o dia inteiro, diz a empresa. Vem com o carregador TurboPower, de 27 W, que dá carga completa em menos de uma hora. O aparelho tem ainda chipset octa-core Qualcomm Snapdragon 636. A tela mede 6,24 polegadas, com proporção 18:9 e resolução Full HD+. Tem preço sugerido de R$ 1,9 mil.

A versão Moto G7 (acima) tem a mesma tela Full HD+ de 6,24 polegadas, mais câmera dupla de 12 MP + 5 MP libera na pate traseira. O processador é um octa-core Qualcomm Snapdragon 632, 50% mais rápido do que o Moto G6. Tem preço sugerido de R$ 1.599. O novo modelo também chega com capa transparente protetora na caixa.

Para quem procura bateria que dura dias, a empresa criou a versão Moto G7 Power (acima), que traz bateria de 5 mil mAh. Diz a Motorola que, com isso, o celular funciona de forma intensa por 55 horas ininterruptas por carga. Mas foi preciso abrir mão de resolução para equilibrar o preço do produto. A tela, de 6,2 polegadas, é HD+. O processador é também um octa-core Qualcomm Snapdragon 632 de até 1,8 GHz. O smartphone custa R$ 1.399.

O modelo mais barato é o Moto G7 Play (acima), que custa R$ 999. Diz a fabricante que ele é 60% mais rápido que o G6 Play graças ao processador octa-core Qualcomm Snapdragon 6322. A tela é HD+ e mede 5,7 polegadas, com proporção de 19:9. A câmera traseira tem sensor de 13 MP.

Em todos os casos, o sistema operacional é o Android 9.0 Pie, quase sem modificações de interface, embora traga alguns aplicativos feitos pela Motorola.

 

[Errata: diferentemente do que foi escrito na primeira versão deste texto, o lançamento em 5G para março deste ano mencionado pelo executivo é o módulo Snap 5G para o celular Moto Z3, e não um celular da linha Moto One]

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Rafael Bucco

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