Minoritários propõem que Grupo TIM venda TIM Brasil e mantenha rede fixa na Itália
Acionistas do Grupo TIM (antiga Telecom Italia), as empresas de investimentos Merlyn Advisors e RN Capital Partner querem que a companhia reveja a estratégia de venda da infraestrutura de rede fixa na Itália. Os minoritários propõem que a operadora, em vez de se desfazer do controle dos ativos de fibra óptica e de cabos submarinos, venda a carteira de clientes e a TIM Brasil.
A proposta ainda pede que a companhia retire Pietro Labriola do cargo de CEO e o substitua por Stefano Siragusa, que deixou a diretora da tele em março do ano passado, quando ocupava a posição de diretor de Operações de Rede e Atacado.
Em comunicado divulgado no sábado, 28, o Grupo TIM confirmou o recebimento da carta dos acionistas minoritários e afirmou que o documento será submetido à apreciação do conselho de administração na próxima sexta-feira, 3 de novembro, quando começa a avaliar a oferta vinculante da KKR pela NetCo.
No entanto, a empresa sinalizou que deve manter o plano de venda da NetCo, subsidiaria formada pela FiberCop, de infraestrutura de fibra óptica, e a Sparkle, rede de cabos submarinos.
“Reitera-se que o projeto NetCo em análise está alinhado com o plano aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração e apresentado no Capital Market Day, em julho do ano passado”, reforça a tele.
A venda da NetCo faz parte do plano de Labriola para reduzir o endividamento da operadora. Ex-CEO da TIM Brasil, o executivo, na posição de comando do Grupo TIM, já manifestou que os negócios no País são estratégicos para a companhia.
Além disso, em julho do ano passado, a empresa separou os ativos de infraestrutura dos serviços de telecomunicações como parte da estratégia do CEO, antevendo a futura venda da NetCo.
No momento, após receber propostas e meses de negociações, o Grupo TIM avalia a oferta vinculante da gestora norte-americana KKR pela unidade de fibra óptica. A empresa de investimentos também fez uma proposta não vinculante pela rede de cabos submarinos. Ambas serão avaliadas pelo conselho de administração entre os dias 3 e 5 de novembro.