Ministério da Justiça e Anatel estudam medidas para coibir o uso de celulares roubados
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) discutem alternativas tecnológicas que possam coibir o roubo e furto de celulares no país. Entre as medidas em estudo estão formas aprimoradas de bloquear o uso do aparelho e dos aplicativos após o crime.
A medida foi um dos desafios destacados pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, durante discurso no Seminário Desafios do Ecossistema Digital: Redes, Plataformas e Novos Serviços, realizado na última semana, na sede da autarquia. Já nesta quarta-feira, 10, o MJSP se reuniu com representantes das plataformas digitais (saiba mais abaixo).
O diálogo do MJSP com outras instituições é acompanhado pelo secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, que está em contato com equipe da Anatel para pensar em soluções. Segundo Baigorri, a agência compartilhou com o ministério que o Grupo Técnico de Suporte à Segurança Pública (GT-Seg) também busca formas de apoiar alternativas “para impedir que o furto e o roubo de celulares seja uma atividade rentável”.
Plataformas e bancos
A busca por novos tipos de bloqueio para celular roubado também pautou reuniões entre o MJSP e representantes das plataformas digitais. Nesta quarta-feira, 10, o ministério ouviu o Google e a Meta. Em nota do pasta, Cappelli afirma que o encontro buscou colher as opiniões e sugestões das plataformas e avançar na possibilidade de colaboração.
“Queremos reduzir essas ocorrências, porque o aparelho celular roubado não terá mais funcionalidade para o criminoso e para o receptador. Se tornará apenas um pedaço de metal”, afirmou o secretário-executivo.
Segundo o ministério, “tanto a Meta quanto o Google colocaram-se à disposição para colaborar com saídas tecnológicas e, nos próximos dias, participarão de reuniões com os técnicos envolvidos para dar prosseguimento aos trabalhos”.
Nas últimas semanas, o ministério também se reuniu com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e afirma que a entidade também colabora com a pasta.