Metaverso: UIT forma grupo para elaborar padrões técnicos internacionais
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) anunciou, nesta quinta-feira, 19, a formação de um grupo de especialistas com a intenção de definir padrões técnicos internacionais para o vindouro metaverso.
Na prática, o grupo deve estabelecer bases técnicas no sentido de que os serviços e aplicativos produzidos para o metaverso sejam interoperáveis. Além disso, o FG-MV (sigla em inglês para “Focus Group on metaverse”) deve atuar para que os usuários tenham experiências de alta qualidade com segurança e proteção de dados pessoais.
A equipe de especialistas deve se manter ativa por um ano. A expectativa é de que o grupo apresente conceitos de pré-padronização para que, com base no estudo, a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) desenvolva padrões para o ecossistema digital.
“O metaverso e suas camadas de tecnologia podem ajudar no desenvolvimento e progresso humanos”, disse, em nota, a secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin. “Os benefícios do metaverso devem ser compartilhados de forma ampla e equitativa, e os riscos devem ser compreendidos e abordados”, complementou.
Para estimular o desenvolvimento de bases técnicas coesas para o metaverso, o grupo tem como meta elaborar termos e definições comuns e promover a colaboração entre órgãos de padrões relevantes. Dentro da UIT, a equipe se reportará ao Grupo Consultivo de Padronização de Telecomunicações.
Os especialistas que compõem o grupo devem se reunir pela primeira vez em Riad, na Arábia Saudita, nos dias 8 e 9 de março deste ano. A Autoridade Nacional de Segurança Cibernética (NCA) do país do Oriente Médio será o anfitrião do encontro.
DESENVOLVIMENTO
A constituição de um grupo de estudos para metaverso na UIT acontece em meio a discussões sobre se o ecossistema digital deve ser amplo e acessível, como a internet, ou se deve ser controlado e operadora por uma empresa, como as redes sociais.
Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, a Meta, proprietária de Facebook e Instagram e engajada no projeto metaverso, indicou que a plataforma ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento. A companhia também sinalizou que, para permitir que muitas pessoas interajam no ambiente digital, a solução precisará de muita banda larga.
