Mesmo com venda da móvel, Oi pode ir ao leilão da 5G
O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, em conversar com os jornalistas especializados hoje 16, depois de anunciar a estratégia para o surgimento da nova empresa, não descartou a participação da companhia no leilão de venda de espectro de 5G que a Anatel irá realizar no próximo ano. Conforme o plano, a venda da Oi móvel será sacramentada em leilão até o final deste ano, pelo preço mínimo de R$ 15 bilhões, mas nada impede que a operadora adquira espectro para ampliar sua estratégia de oferta de banda larga fixa, disse o executivo.
” Não necessariamente estaremos fora do leilão. As frequências não servem apenas para o serviço móvel, mas há outros modelos interessantes, como o FWA”, afirmou ele. O FWA é o “Fixed Wirless Acess”, ou a oferta de acesso de banda larga fixa por ondas radioelétricas, que está sendo usado por diferentes operadoras mundo afora com o uso do espectro principal da 5G, que é a faixa de 3,5 GHz.
Segundo ele, nem mesmo a aquisição da faixa de 700 MHz – que, pelas regras do edital da Anatel, só podem ser adquiridas, no primeiro lance, pela Oi – pode ser descartada, pois dependerá do estágio de negociação com os potenciais compradores.
Abreu disse ainda que a criação de quatro unidades de negócios distintas – a Oi Móvel, a Oi torres, a Oi Data center e a Oi Infraestrutura – é necessária para que sejam isoladas as obrigações legais das operações móveis.
Não fatiamento
Conforme o executivo, não há intenção em fatiar as operações móveis para a sua venda. ” Dos interessados já conhecidos do mercado, há somente duas situações em que o limite de espectro permitido pela Anatel seria superado”, afirmou ele. Abreu refere-se à demonstração de interesse já feita pela Telefônica/Vivo, em oferta conjunta, e pela Claro para a aquisição dos ativos da Oi móvel.
Ele explicou que os ativos à venda das operações móveis incluem a base de clientes, o espectro e a rede ativa. Mas que não fazem parte dessa operação os elementos de redes de transmissão ativos e passivos.