Mercado de PCs tem queda de 16,6% no segundo trimestre, indica Gartner

Apesar da baixa, expectativa da consultoria é de que os estoques se normalizem ainda neste ano, com a demanda por computadores voltando a crescer no ano que vem
Mercado de PCs encolhe no 2º trimestre de 2023, mostra Gartner
Recuo no 2º trimestre pode ter sido ponto mais baixo do mercado de PCs, indica Gartner, apontando melhora para o próximo ano (crédito: Freepik)

As remessas mundiais de computadores caíram 16,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a consultoria Gartner. Dados preliminares indicam que as vendas totalizaram 59,7 milhões de unidades no intervalo de abril a junho.

Apesar da queda anual, os números demonstram sinais de estabilização, além de crescimento em relação ao trimestre anterior.

“A taxa de declínio no mercado de PCs diminuiu, indicando que os volumes de remessa podem ter atingido seu ponto mais baixo”, diz Mikako Kitagawa, analista e diretor do Gartner, em nota. “Houve progresso na redução dos estoques de PCs após mais de um ano de problemas, apoiado por um aumento gradual na demanda de computadores empresariais”, acrescenta.

A expectativa do Gartner é de que os estoques se normalizem até o fim de 2023, com a demanda de PCs voltando a crescer a partir de 2024.

Fornecedores

Segundo a consultoria, os principais fornecedores do mercado mundial de computadores permaneceram inalterados no segundo trimestre de 2023, com a Lenovo mantendo o primeiro lugar com 24% de participação no mercado. No entanto, as remessas da companhia, no comparativo anual, caíram por mais um trimestre.

As vendas da HP tiveram ligeira queda. A boa notícia é que a baixa encerrou uma sequência de recuos de dois dígitos. Além disso, a empresa teve um período positivo nas vendas de notebooks nos Estados Unidos, com alta de dois dígitos em relação ao mesmo período do ano passado.

A Dell, por sua vez, registrou o quinto trimestre consecutivo de queda, com vendas baixas na maioria dos principais mercados. A Ásia-Pacífico foi o mercado mais desafiador também para a Dell, com as remessas diminuindo mais rapidamente do que a média regional. A Dell se saiu relativamente bem no mercado de desktops dos Estados Unidos, mantendo a posição de fornecedor líder.

“Os preços e a disponibilidade dos componentes de PC melhoraram drasticamente, ajudando a estabilizar a lucratividade dos fornecedores, apesar da pressão de preço para limpar o estoque”, avalia Kitagawa. “No entanto, à medida que o mercado de PCs começa a se recuperar e a demanda por componentes aumenta, as condições de preço favoráveis para memórias e SSD, que os fornecedores de PCs desfrutam, estão chegando ao fim”, conclui.

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Da Redação

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