Mastercard atua com Mercado Pago em criptos
A Mastercard anunciou nesta quarta-feira, 8, uma parceria com o Mercado Pago, braço de pagamento do Mercado Livre, em que garantirá a segurança das operações com criptomoedas de instituições financeiras e qualquer estabelecimento, por meio de seu braço de risco em blockchain CipherTrace.
De acordo com Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil, apesar de a empresa de pagamento do Mercado Livre parecer ser uma concorrente da bandeira de cartões, será um grande parceiro no segmento de criptomoedas. O Mercado Pago iniciou as operações de compra e venda de bitcoin e outras criptomoedas em dezembro do ano passado.
Segundo ele, a empresa investiu bilhões para adquirir empresas de cibersegurança e inteligência para análise de transações. A operação faz parte da estratégia da companhia de ampliar suas transações no ecossistema de pagamentos digitais. “A Mastercard tem mais de 125 patentes em blockchain. Investiu pesado para estar presente nesse segmento. A digitalização dos meios de pagamento está no centro do nosso propósito.”
O papel da CipherTrace dentro da plataforma do Mercado Pago será fornecer uma base de dados para o processador de pagamentos enxergar em todas as transações os riscos que as empresas correm. Uma das principais preocupações, conta ele, é com a utilização da plataforma para lavagem de dinheiro.
“A CipherTrace consegue identificar através do blockchain informações relacionadas à darkweb ou outro repositório. Reconhece as exchanges para saber quais têm maior ou menor risco. Com isso, ela oferece um score mais assertivo”, disse Bassols.
A expectativa da operação brasileira da Mastercard é que essa parceria com o Mercado Pago seja a primeira de muitas nesse segmento de cibersegurança para meios de pagamento. “É um dado relevante pelo tamanho da transação e esperamos que abra as portas para mais parcerias do tipo no futuro.”
A Mastercard fez um aporte de US$ 24 milhões na scaleup Picus Security, especializada em tecnologia de simulação de violação e ataque (BAS). O valor do aporte Série B será usado para apoiar o desenvolvimento contínuo de produtos e acelerar a expansão da empresa mundialmente.
(Com assessoria)