IBGE: Cresce número de domicílios capazes de sintonizar TV digital

19,7% dos domicílios com TV necessitam adequação para receber sinal digital, em 2013 eram 28,5%

antena-ceu-satelite-tv-paga-dish-sky-directvO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, 22, dados sobre o consumo de TV da última pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD), feita em 2015. Os números indicam que cresceu no país a quantidade de casas com aparelhos capazes de sintonizar TV Digital, o que ajuda a reduzir a pressão sobre os investimentos necessários pelas operadoras para proporcionar a limpeza da faixa de 700 MHz.

Ainda assim, a quantidade de residências que sofreria com o apagão é grande. Em 19,7% dos domicílios particulares permanentes com aparelho de televisão (13 milhões) não havia nenhum desses três tipos de alternativa de acesso a TV e, após a mudança do sinal de TV de analógico para o digital, prevista pelo governo Federal, não teriam acesso à programação televisiva. Em 2013, eram 28,5%.

Entre os domicílios com TV, tinham acesso ao sinal digital de TV aberta cerca de 45,1%; 30% não tinham acesso ao sinal de televisão digital aberto, mas contavam com pelo menos uma modalidade alternativa que permitia a recepção televisiva: antena parabólica (21,4% dos domicílios), TV por assinatura (6,7%) e os que tinham parabólica e assinatura simultaneamente (1,9%).

A região Norte continuou apresentando o maior percentual de domicílios sem nenhuma dessas três modalidades de acesso a programação televisiva (25,4%), seguida por Nordeste (22%). O menor percentual foi registrado na Região Sudeste (17,8%).

Houve crescimento no percentual de domicílios com televisão digital aberta, passando de 39,8% para 45,1%, entre 2014 e 2015. A televisão digital aberta se expandiu tanto nos domicílios da área rural, como da área urbana, mas a diferença ainda persiste: 17,6% (área rural) e 49,4% (área urbana).

A região Sudeste manteve o maior percentual de domicílios com televisão digital aberta, alcançando pela primeira vez, mais da metade dos seus domicílios (53,1%), seguida das regiões Sul (47,1%) e Centro-Oeste (45,0%). Segundo o rendimento mensal domiciliar per capita, a presença de TV digital aberta variou de 22%, nos domicílios sem rendimento a 1/4 do salário mínimo, a 75,2% (para os com mais de cinco salários mínimos).

TV por assinatura
Entre 2014 e 2015, a proporção de domicílios com TV paga manteve-se estável (32,1% dos domicílios com TV). O Sudeste continuou apresentando a maior proporção de domicílios com televisão por assinatura, 43,4% (0,2 ponto percentual menor do que 2014), seguida das regiões Sul (32,7%) e Centro-Oeste (30,7%) dos domicílios com aparelho de televisão, respectivamente.

Os menores percentuais continuaram nas regiões Norte (19,9%) e Nordeste (16,3%). Segundo o rendimento mensal domiciliar per capita, a presença de TV por assinatura variou de 9%, nos domicílios sem rendimento a 1/4 do salário mínimo, a 77,3% nos domicílios com mais de 5 salários mínimos.

Parabólica
A televisão por antena parabólica estava presente em 37,5% dos domicílios, uma queda de 0,5 ponto percentual, em relação a 2014. Como nos anos anteriores, a presença na área rural (77%) foi superior à urbana (31,3%). A menor proporção de domicílios com televisão por antena parabólica, foi na região Sudeste (26,9%), enquanto Nordeste teve a maior (51,3%). Segundo o rendimento mensal domiciliar per capita, a recepção por antena parabólica variou de 51,3%, entre os domicílios sem rendimento a 1/4 do salário mínimo, a 21,6% entre aqueles com mais de 5 salários mínimos.

Aparelhos de TV
Pela primeira vez, o número de televisões de tela fina superou o número de televisões de tubo. Foram estimadas 46,5 milhões televisões de tubo (44,5%) e 58,1 milhões de tela fina (55,5%). A região Nordeste apresentou o maior percentual de domicílios com apenas televisão de tubo (51,1%) e é a única grande região em que ainda mais da metade dos domicílios possuem somente televisão de tubo; a região Centro-Oeste, a maior proporção de domicílios com somente televisão de tela fina (48,5%); e a Sul, a maior proporção de domicílios com ambos os tipos (26,9%). O rendimento médio mensal per capita dos domicílios somente com televisão de tela fina (R$ 1.654) é maior do que dos domicílios com ambos os tipos (R$ 1.485) e somente com tubo (R$ 745).

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Rafael Bucco

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