Mais da metade dos pedidos de crédito na FinanZero foram de mulheres

É a primeira vez em dois anos que elas respondem pela maior parcela de solicitações, grande parte para pagar dívidas, aponta FinanZero.
Mais da metade dos pedidos de crédito na FinanZero foram de mulheres - Crédito Freepik
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O cenário entre as pessoas que mais solicitam empréstimo está mudando. Segundo o Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), pela primeira vez em 24 meses, a maior parcela do público que pediu crédito pessoal dentro da plataforma da fintech FinanZero foram mulheres, com idade média de 34 anos, que corresponderam, sozinhas, por cerca de 50,2% do total de solicitações feitas no mês de julho.

Desde 2020, o gênero masculino predominava entre quem mais pedia esse tipo de crédito, mas, agora, eles representaram 49,8%. À medida que o perfil apresenta alterações, também é possível observar essas mudanças na economia do país. Com famílias endividadas, o mês com orçamento desequilibrado e o desemprego que ainda bate na porta, brasileiros têm precisado mudar seus hábitos e prioridades.

Os últimos anos em pandemia evidenciou disparidades sociais, levando muitas pessoas, principalmente mulheres, a optarem por trabalhos informais ao ver a renda familiar cair. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em julho, 80% das consumidoras tinham contas a vencer. Em janeiro, eram 72%.

A realidade de mais mulheres estarem solicitando empréstimo também pode ser observada em conjunto com o fato de que muitas delas tiveram que optar pelo empreendedorismo por necessidade nesse período pandêmico.

De acordo com uma pesquisa feita pela Closeer, uma plataforma de freelancers, 70% desses profissionais no Brasil hoje são do gênero feminino. Dessas, 54% dizem que o motivo da atividade é para aumentar a renda.

Empréstimo para pagar dívidas

Além do empreendedorismo por necessidade, elas têm visto na solicitação de empréstimos uma saída provisória e mais rápida para saírem do vermelho e conseguirem quitar dívidas em atraso, ou, até mesmo, fazerem uso desse crédito com a finalidade de abrir um negócio próprio para gerar ou complementar o rendimento mensal.

“Esses dados justificam o aumento dos pedidos de empréstimo para sair do vermelho. Isso porque, nos últimos meses, com a elevação da inflação, as pessoas utilizaram o cartão de crédito e o cheque especial para consumo de itens básicos e rotineiros. Agora, com uma recuperação de renda, as pessoas tendem a procurar por créditos com taxas de juros mais baixas, para quitar dívidas contraídas anteriormente”, analisa Rodrigo Cezaretto, diretor operacional da FinanZero.

Sejam solteiras ou casadas, mais mulheres estão assumindo o posto de “chefe de família” e ficando com a maior parte de responsabilidade financeira da casa, equilibrando o dia a dia entre afazeres domésticos e obrigações do trabalho. Com 29% das famílias endividadas, segundo a CNC, levantamento feito em julho deste ano, somente uma fonte de renda não é suficiente para suprir todas as necessidades básicas e financeiras.

(com assessoria)

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Redação DMI

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