Mais da metade das empresas no Brasil teme cair na irrelevância, aponta Dell
A velocidade com que novas tecnologias e projetos de inovação são implementados deixa os empresários brasileiros preocupados com o futuro de suas organizações. Pesquisa da Dell aponta que 52% dos executivos temem que as empresas em que atuam se tornem irrelevantes no mercado no intervalo de três a cinco anos.
O levantamento aponta que a maioria dos negócios falha em projetos de inovação pela dificuldade de estruturar processos. Especificamente no Brasil, apenas 43% afirmam que as rodadas de inovação são baseadas em dados, enquanto pouco mais da metade (56%) indica que os projetos, quando postos em prática, seguem as metas da empresa.
Além disso, o Índice de Inovação mostra que 97% das empresas no Brasil reconhecem a importância de usar novas tecnologias para inovar – taxa superior à média global (86%). No entanto, 46% admitem que as soluções tecnológicas à disposição atualmente não são suficientes, de modo que temem perder espaço para concorrentes.
O estudo da Dell ainda mostra que as principais barreiras para inovação nas empresas são os crescentes custos com nuvem, a dificuldade para integrar os negócios à infraestrutura de TI, o tempo e os recursos necessários para migrar aplicativos para a nuvem, as ameaças de segurança cibernética e a carência de infraestrutura de TI para atender e processar dados na borda.
Conforme o relatório, as principais tecnologias para impulsionar as inovações nas empresas são multinuvem, computação de borda, infraestrutura de dados moderna, segurança cibernética e soluções para o trabalho remoto.
Maturidade
O levantamento também avaliou o grau de maturidade das empresas brasileiras no que diz respeito à inovação. As organizações foram classificadas em cinco categorias: líderes (nível mais avançado), adotantes, avaliadores, seguidores e retardatários (nível mais baixo).
No País, apenas 5% dos negócios foram classificados como líderes em inovação. Apesar de baixo, o índice supera a média global, que é de 2%. A maior parte (42%) das companhias se enquadra no conceito de avaliadores da inovação – isto é, são empresas que se preocupam com o tema e buscam construir um planejamento para acelerar o processo inventivo, porém, a implementação das ações ainda se encontra em estágio inicial.
Os retardatários, aqueles que não têm planos digitais, e os seguidores, que só possuem planos provisórios, representam 2% e 24% dos negócios, respectivamente. Já os adotantes, que são organizações com planejamentos maduros, chegam a 27%.
“Se olharmos para o fato de que no Brasil só um terço das companhias (32%) se encaixa nas categorias de líderes e adotantes, temos ainda um longo caminho a percorrer”, avalia Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil. “E a única forma de acelerar essa jornada é a partir dos investimentos em pessoas, tecnologias e processos que suportem os planos e as ações inovadoras”, complementa.
A produção do indicador contou com o apoio da empresa de pesquisa de mercado Vanson Bourne. Foram feitas 6.600 entrevistas com líderes de negócios e TI em mais de 45 países, dos quais 300 atuam no Brasil.