Lucro normalizado da TIM encolhe 23,9% no trimestre da pandemia

Operadora enfrentou queda de 6,5% nas receitas em função da crise causada pela Covid-19 e o consequente fechamento temporário de lojas. Ainda assim, registrou leve expansão do EBITDA.

A TIM divulgou na noite desta quarta-feira, 29, os resultados financeiros e operacionais do secundo trimestre do ano, período em que houve impacto do começo ao fim da pandemia de covid-19. A operadora apresentou queda no lucro líquido normalizado de 23,9%, para R$ 260 milhões.

O lucro líquido normalizado desconsidera entradas e saídas não recorrentes. Neste caso, desconsidera que em 2019, no segundo trimestre, houve uma entrada de créditos ficais de quase R$ 1,72 bilhão. Caso a comparação não eliminasse esses movimentos não habituais, a retração do lucro líquido seria de 87%.

A receita líquida da TIM caiu 6,5% na comparação com o mesmo período de 2019, e ficou em R$ 3,98 bilhões. A receita de serviços apenas caiu 3,4%, para R$ 3,92 bilhões. As vendas do serviço móvel encolheram 4,2%, e somaram R$ 3,67 bilhões. No fixo, houve crescimento de 10,8%, para R$ 255 milhões.

O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciação e amortizações) normalizado da companhia ficou em R$ 1,97 bilhão, alta de 0,9%. Já o endividamento bruto aumentou R$ 983 milhões, para R$ 10,35 bilhões.

Os investimentos (Capex) caíram 28,8%, para R$ 673 milhões. A queda se deveu à reavaliação de projetos em função do isolamento social. “Após o início do isolamento social, observamos uma mudança no perfil de uso da nossa rede móvel, com uma distribuição mais uniforme do tráfego ao longo do dia e menos concentrado geograficamente. Dessa forma, o Capex na rede móvel está sendo reavaliado, enquanto os investimentos em fibra ótica estão mantidos devido à alta da demanda por banda-larga”, informa a empresa.

Dados operacionais

A empresa encolheu 5,3% em número de clientes móveis, e terminou junho com 52,03 milhões de usuários. Destes, 30,71 milhões eram pré-pagos, queda de 8,7%. O número de assinantes pós-pagos ficou estável em 21,31 milhões.

O churn mensal permaneceu idêntico, em 3,8%. A receita média por usuário (ARPU) subiu 0,9% no móvel, para R$ 23,4. A base de telefonia fixa aumentou 3,1%, para 1,03 milhão de clientes. Enquanto a base do TIM Live, de banda larga fixa, saltou 19,6%, chegando a 606 mil assinantes. A ARPU da TIM Live subiu 7,6%, para R$ 83,9.

Na venda de aparelhos se vê o forte impacto da pandemia, que levou ao fechamento temporário de lojas. A quantidade de celulares vendidos caiu 64%, de 244 mil unidades no segundo trimestre de 2019, para 88 mil agora.

A empresa avisou no balanço que chegou a 25 cidades, além de Distrito Federal, com rede FTTH, e atingiu a marca de 2,8 milhões de homes passed (residências aptas a assinar banda larga por fibra).

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Rafael Bucco

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