Lucro líquido da TIM cresce 38,9% no 3º trimestre
A TIM divulgou na noite de hoje, 6, seus resultados financeiros para o terceiro trimestre do ano. A operadora apurou lucro líquido de R$ 388 milhões, que é 38,9% maior que a cifra do mesmo período do ano passado. A tele registrou crescimento em todas as unidades de negócio, tanto em serviço móvel, fixo e produtos. E a receita ficou em R$ 4,26 bilhões, alta de 4,4% na comparação ano a ano. O EBITDA, lucro antes impostos, depreciações e amortizações, foi de R$ 1,65 bilhão. Este valor considera ganhos não recorrentes com venda de torres e créditos fiscais obtidos com a fusão entre TIM S.A. e TIM Celular, de R$ 950 milhões.
A operadora destacou na divulgação dos resultados o avanço da receita com serviços. Embora tenha aumentado 3,3%, um de seus produtos, o TIM Live, cresceu 35,7%, e agora tem 449 mil usuários. A unidade de negócio ainda tem, no entanto, pouca influência do desempenho geral. Serviço fixo faturou R$ 223 milhões (metade vindo da TIM Live), enquanto o serviço móvel teve receita de R$ 4 bilhões. A ARPU da banda larga fixa da tele ficou em R$ 77,5, 10,4% maior que um ano antes.
Também a base pós-paga aumentou 17,1%, ou 2,9 milhões de usuários em um ano. O pós já representa 34,9% da base de celular da companhia. Nos últimos 12 meses, a empresa ainda expandiu a rede 4G em 47%, chegando hoje a 3.172 cidades. Com 700 MHz, a tecnologia está presente em 1.172 cidades.
Com aumento da base pós-paga, a receita por usuário no serviço móvel cresceu 10,2% e atingiu R$ 22,6 devido à migração para planos de maior valor. Sem migrações, o ARPU no pré caiu 1,4% (para R$ 11,6) e encolheu 1,1% no pós, para R$ 39,7.
Capex e PDD
A empresa reduziu, porém, o investimento. Um ano atrás investiu R$ 1 bilhão apenas no terceiro trimestre. Agora, o investimento foi de R$ 905 milhões, queda de 10,3%. A tele ressalta que, embora no trimestre o valor seja menor, nos nove meses do ano, houve aumento de 3,3%.
No campo dos devedores vem a maior surpresa. A operadora registrou aumento de 60,8% ano a ano na provisão de devedores duvidosos. Ou seja, reduziu a expectativa de receber contas de inadimplentes no período. O motivo, diz, reside no aumento da base pós-paga, composta por assinantes recorrentes. A companhia afirma, no entanto, que o montante dos devedores permanece sob controle, no patamar de 2% da receita bruta, de R$ 6,08 bilhões.
O endividamento da companhia caiu mais de R$ 3,5 bilhões, para R$ 4,02 bilhões. A operadora também diminuiu o custo médio da dívida, que passou de 10% um ano atrás, para 8,2% agora. A redução do endividamento aconteceu devido à amortização de empréstimos junto ao BNDES.