Lucro líquido da Algar Telecom salta 236% no 3º trimestre
A Algar Telecom divulgou há pouco seu resultado financeiro do terceiro trimestre de 2021. A companhia mineira registrou expansão forte no segmento corporativo e no segmento residencial, reduziu custos e obteve créditos fiscais. Esses fatores fizeram o lucro líquido somar R$ 94,7 milhões, alta de 236,4% em relação ao mesmo período de 2020.
O crédito fiscal obtido pela empresa foi de R$ 47,5 milhões. Refere-se ao reconhecimento como inconstitucional da tributação do imposto de renda sobre pessoa jurídica e da contribuição social sobre lucro líquido incidentes sobre
juros Selic em créditos tributários nos quais a decisão judicial é favorável ao contribuinte.
Excluindo esse efeito, a variação no lucro líquido ainda teria sido positiva em 67,6% na comparação ano a ano, fruto da maior geração operacional de caixa e menores despesas financeiras no período.
As receitas líquidas da empresa somaram R$ 672,2 milhões, alta de 13,2% ano a ano. O EBITDA (lucro antes impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 290 milhões, 18% a mais em relação ao terceiro trimestre de 2020.
B2B
Túlio Abi-Saber, CFO da companhia, destacou em conversa ao Tele.Síntese a expansão obtida nos segmentos B2B (corporativo e PMEs) e B2C (consumidor final). “Estamos muito satisfeitos com o resultado, diante de uma recuperação da economia em velocidade abaixo do que esperávamos, dólar instável, e uma quantidade grande de ruídos políticos no mercado”, disse.
Os resultados do terceiro trimestre já incorporam números da Vogel Telecom, empresa comprada do fundo Pátria Investimentos pela Algar Telecom. A transação, concluída durante o período, levou à transferência da carteira de 3,4 mil clientes B2B, além da integração das redes.
Juntando o crescimento orgânico e inorgânico, o B2B da Algar Telecom ampliou o faturamento em 19,9% no trimestre, atingindo R$ 434 milhões. A base de clientes corporativos ou PMEs chegou a 178,2 mil.
B2C e operacional
Em relação ao desempenho par ao consumidor, a operadora apresentou queda na base de assinantes – como esperado, explica Abi-Saber, em razão da retração do mercado de telefonia fixa. Mesmo com menos usuários, a expansão dos serviços baseados em fibra elevou a receita líquida total do segmento em 2,8% ano a ano, para R$ 226,5 milhões. Houve migração de clientes pré-pagos rumo aos planos controle e pós.
A Algar chegou a 671,2 mil assinantes de banda larga fixa por fibra, entre empresas e consumidores finais. Significa que 91,1% dos acessos fixos à internet da empresa já são baseados em fibra. O número de casas passadas cresceu 31%, para 947,1 mil.
No móvel, cresceu 35,1%, para 3,19 milhões de acessos, em razão do bom resultado nas ofertas corporativas de internet das coisas.