Lucro da TIM avança 50,4% e soma R$ 2,7 bilhões em 2023

Receita líquida da operadora cresceu 10,6% no ano passado, com altas no fixo (4,6%) e no móvel (11,1%); tele, no entanto, perdeu 1,2 milhão de acessos de celular, embora tenha expandido a base pós-paga
Lucro da TIM cresce 50,4% em 2023 e chega a R$ 2,7 bilhões
TIM registra alta no lucro e nas receitas em 2023 (crédito: Divulgação)

A TIM Brasil divulgou, nesta terça-feira, 6, os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano de 2023 de forma consolidada. No período de 12 meses, a operadora obteve lucro líquido normalizado de R$ 2,7 bilhões, alta de 50,4% na comparação com 2022, quando auferiu ganhos de R$ 1,7 bilhão.

A receita líquida, por sua vez, avançou 10,6%, totalizando R$ 23,8 bilhões em 2023. Diante dos bons resultados, a operadora, em fato relevante, atualizou as projeções para o período de 2024 a 2026, indicando confiança na telefonia celular.

Conforme o balanço financeiro, o faturamento do serviço móvel cresceu 11,1% na comparação anual, chegando a R$ 21,8 bilhões. Segundo a TIM, a alta no segmento se deve a fatores como a migração dos clientes para planos de maior valor, a melhoria na experiência do consumidor e o impacto da receita vinda dos clientes da Oi Móvel.

Além disso, também em termos anuais, a receita média por usuário (ARPU) do serviço celular normalizada avançou 12,9%.

A receita da modalidade pré-paga aumentou 10,5% em 2023, em função de um “ambiente mais racional e a chegada da receita vinda dos clientes da Oi Móvel”, indicou a TIM. Com isso, o ARPU anual da modalidade teve alta de 12,5%

No caso do pós-pago, o faturamento teve alta de 11,8%, sendo impactado positivamente pela mudança nas ofertas após o ajuste das tarifas. A decisão atingiu clientes do plano Controle a partir de abril e dos demais planos no mês seguinte. A operadora ainda ressaltou que também notou uma migração de clientes para pacotes de maior valor. No acumulado do ano, o ARPU do serviço pós-pago avançou 13,6%.

O serviço fixo também cresceu, avançando 4,6% em 2023. A receita totalizou R$ 1,3 bilhão. Vale destacar que o faturamento do produto TIM UltraFibra (banda larga fixa via fibra óptica) cresceu 9,7% na comparação anual, com o ARPU ficando em R$ 94. “A Companhia mantém sua expansão de cobertura seletiva de forma garantir maior rentabilidade com foco na fibra”, diz a operadora, em trecho do balanço financeiro.

EBITDA e Capex

Em 2023, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) normalizado registrou alta de 14,2%, totalizando R$ 11,6 bilhões. A margem, por sua vez, ficou em 48,9%, avançando 1,5 ponto percentual na comparação com a registrada em 2022 (47,4%).

No que diz respeito ao Capex, houve queda anual de 4,8% (R$ 4,5 bilhões, em 2023). Segundo a TIM, o indicador mostra “os primeiros benefícios da eficiência trazida pela tecnologia 5G”,

Dados operacionais

A TIM encerrou o ano de 2023 com 61,2 milhões de clientes do serviço móvel. A base teve queda de 2% em relação a 2022 (62,4 milhões). Em números absolutos, a perda foi de 1,237 milhão de usuários.

A base do pós-pago, ao contrário, avançou 1,4% no ano passado, atingindo 27,6 milhões de acessos, os quais representam 45% do total de usuários do serviço celular da operadora. O pré-pago, por sua vez, teve queda de 4,6% no número de acessos, caindo para 33,6 milhões ao fim de 2023.

O serviço de banda larga fixa da TIM ganhou cerca de 86,4 mil clientes em 2023 (alta de 12,1%). No total, a operadora conta com 802 mil acessos fixos. A base de FTTH (fibra até a casa) expandiu 31%, somando 719 mil conexões de internet.

O informe financeiro ainda indica que, até o fim do ano passado, o sinal 5G da TIM estava disponível em 209 cidades do País. Já a cobertura de banda larga chegava a 131 municípios.

Quarto trimestre

A TIM também registrou números positivos no quarto trimestre de 2023. Naquele período, o lucro líquido normalizado totalizou R$ 900 milhões, crescendo 52,6% ante o mesmo intervalo de 2022.

Entre outubro e dezembro, a receita normalizada avançou 6,8%, chegando a R$ 6,2 bilhões. O faturamento do serviço móvel teve alta de 7,6% (R$ 5,7 bilhões), enquanto o serviço fixo avançou 1,6% (R$ 329 milhões).

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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