LTE já pode ser usado em comunicações de segurança, avalia Motorola Solutions

Forças de segurança precisam entrar em acordo sobre o compartilhamento do espectro que lhes cabe, ressalta presidente da empresa no país, Elton Borgonovo.

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A tecnologia celular LTE já pode ser usada em muitas capitais e regiões metropolitanas do país, conforme Elton Borgonovo, presidente da Motorola Solutions no Brasil.

Segundo ele, as empresas do segmento aguardavam a liberação do espectro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esta, por sua vez, depende da limpeza da faixa de 700 MHz pela Seja Digital, responsável pelo desligamento do sinal analógico de TV, que antes ocupava a frequência. Uma parte da faixa de 700 MHz é de uso exclusivo de forças de segurança, como Exército ou polícias.

Com o espectro disponível, a Motorola Solutions espera finalmente emplacar em 2018 a venda de suas soluções com a tecnologia, que ainda é usada por poucos no mundo. O LTE para missão crítica da empresa já é usado em Los Angeles (Estados Unidos) e está sendo implementado em todo o Reino Unido. No Brasil, demonstra a tecnologia desde 2011.

No Brasil, o Exército usa a tecnologia em pequeníssima escala, para situações específicas. A última vez que habilitou uma antena LTE foi para fazer parte da segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Ainda é pouco

Borgonovo ressalta, no entanto, que a faixa de missão crítica será usada por quem chegar primeiro. “Essa faixa dedicada é limitada a 5 MHz + 5 MHz. Ou seja, só dá para uma agência usar. As agências de segurança precisam definir uma política de compartilhamento do espectro entre si, ou não será possível que todas usem”, diz.

A vantagem em adotar o LTE na segurança pública, diz o executivo, estaria no alcance e na possibilidade de trocar informações que não sejam apenas por voz, abrindo a porta para uso de aplicativos, automação e inteligência artificial no sistema. A solução seria um substituto do rádio digital.

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Rafael Bucco

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