Lockheed Martin quer construir estação de pouso na Lua em parceria com setor de telecom

Jim Taiclet, CEO da norte-americana Lockheed Martin, empresa aeroespacial e de defesa, já planeja viagens para Marte, as quais terão na lua a "land space" das espaçonaves.

Lua Unsplash Nicolas Thomas

Barcelona – Em alguns anos, a Lua passará a ser a estação de pouso para as viagens até Marte. Para que essas viagens deixem de estar presentes apenas nos filmes de ficção científica, empresas envolvidas com a indústria aeroespacial e de defesa comprometidas com essa projeto, como a Lockheed Martin, participaram do Mobile World Congress (MWC) com o objetivo estimular o setor de telecomunicações e a indústria de tecnologia digital a firmarem parceria com segmento espacial.

Jim Taiclet, CEO da norte-americana Lockheed Martin disse que a empresa já está envolvida com a construção da “ land space”  ( ou estação de pouso ) na Lua, para as viagens planejadas a Marte. Mas isso significa, explicou, que precisará construir sistemas de comunicação, sistemas autônomos com inteligência artificial, sistemas de localização GPS para atuação em solo lunar e que se comunique com os sistemas globais terrestres, além de ter que desenvolver sistemas de navegação e de  medição de tempo. Para tudo isso, observou, tanto a indústria aeroespacial como a de defesa precisarão do envolvimento das demais empresas de tecnologia digital e de telecomunicações. “Os governos não têm a agilidade suficiente para atuar em todo esse ecossistema, e, por isso, estamos construindo parcerias com as empresas privadas do setor”, completou.

Disse ainda que a Inteligência Artificial que já está sendo usada  nos sistemas que alimentam a indústria de defesa estadunidense nunca irá substituir o comando humano. “A IA irá sempre apoiar as decisões a serem tomadas pelos humanos”, afirmou.

OFTS

Orthogonal Time Frequency Space – OFTS – foi apresentada na feira de telefonia móvel como uma tecnologia disruptiva. Segundo  Raymond Dolan, CEO da Chohere Technologies, empresa de software californiana, embora não tenha conseguido convencer o 3GPP (grupo que define o padrão a ser usado pela indústria e que criou as gerações do celular ) a adotar esse padrão  desenvolvido pela empresa que dirige, a partir dessa experiência acabou criando  um multiplicador universal de espectro que, segundo ele, duplica a capacidade de qualquer frequência,  e em qualquer geração tecnológica. “É tudo matemática”, sintetiza.

Agronegócios

Do espaço, o palco de keynotes do segundo dia do MWC passou para o campo. E a  fabricante japonesa NEC apresentou as soluções da sua subsidiária, criada exclusivamente para o agronegócio – a Netcracker – e a CEO  australiana Telstra, Vicki Brady, demonstrou alguns serviços que operadora já está prestando para o agricultor de seu país.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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